Envolvido em várias polémicas, o gestor recusa ser comparado a Ricardo Salgado, admite ter um projecto para ficar com o Novo Banco e diz que o seu salário mensal – 30 mil euros – é justo. Aos opositores que querem impugnar a sua eleição não reconhece "qualquer competência"
Na primeira vez que falou com a SÁBADO, ainda em Dezembro, Tomás Correia já era um homem envolto em polémica, acusado de querer mandar na Associação Mutualista (AM) – em que de facto manda, porque é o presidente – e na Caixa Económica Montepio Geral, o banco da AM, que também liderou, durante oito anos, até 2015. Neste período, diria uma semana depois o Banco de Portugal, não terá introduzido atempadamente procedimentos que prevenissem práticas financeiras ilícitas, como o branqueamento de capitais; os seus opositores nas eleições para a liderança da AM, que venceu com 60% dos votos, querem impugnar e repetir o acto eleitoral que o fez presidente; as contas consolidadas de 2015, dizem ainda alguns deles, nunca chegaram a ser apresentadas; e o seu salário – 30 mil euros mensais – é considerado um excesso. Outros sete dias mais tarde haveria nova polémica e o gestor que foi o rosto do banco mais antigo do País voltaria a responder à SÁBADO. Desta vez sobre um financiamento de 74 milhões de euros concedido por Montepio e BES a um fundo detido por José Guilherme, o construtor civil de quem Ricardo Salgado terá recebido uma "prenda" de 14 milhões. Tomás Correia defende-se de muitas acusações, diz que o sigilo o impede de comentar outras, e a quem há muito prevê uma crise grave no banco responde assim: "Uma instituição com pés de barro não resistia dois anos neste ambiente de dúvida."
Tomás Correia: "Se Montepio tivesse pés de barro não resistia dois anos"
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
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