Em Portugal, os bancos são alvo de uma média de 2.684 ciberataques por semana, indica um relatório da Check Point.
A transição dos registos físicos para as plataformas digitais no setor bancário está a levar os bancos em Portugal a enfrentarem diversos desafios. De acordo com o último relatório da Check Point,Threat Intelligence Report, só nos últimos seis meses, os bancos no nosso país já foram alvo de uma média de 2.684 ciberataques. Este é o quarto setor mais atacado no País, a seguir à Educação/ Investigação, Saúde e Transportes.
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Mas não é só Portugal que está vulnerável. Um dos maiores incidentes levados a cabo contra o setor bancário, e que é relembrado neste relatório, ocorreu em dezembro do ano passado. Na altura, o Banco Central do Lesoto, no sul de África, viu o seu sistema nacional de pagamentos ser interrompido e transações entre bancos nacionais serem impedidas.
Este cenário evidenciou, assim, as consequências devastadoras de uma cibersegurança inadequada. Segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da Advisen, só nos últimos 20 anos, o setor financeiro já perdeu 12 mil milhões de dólares (o equivalente a 12 mil milhões de euros), devido a mais de 20 mil casos de ciberataques.
"O setor financeiro é frequentemente alvo de criminosos que procuram roubar dinheiro ou perturbar a atividade económica, especialmente devido às grandes quantidades de transações monetárias e de dados sensíveis que cada banco processa diariamente", sublinha o Threat Intelligence Report.
Além das perdas financeiras a que os bancos são sujeitos, já que ocorre o roubo direto de fundos e, uma vez que passam a ser necessários recursos para a recuperação do sistema, também os clientes são visados de certa forma nestes ataques.
Estes passam a enfrentar atrasos nos pagamentos eletrónicos, assim como no acesso às suas contas e tudo isto faz com que a insatisfação dos clientes prejudique a reputação do banco a longo prazo, aponta a Check Point.
Mas estas ameaças podem ainda ter repercussões a longo prazo. "Poderão chegar ao ponto de perturbar as operações financeiras mundiais, impedindo o fluxo de crédito entre instituições financeiras", acrescenta o relatório.
Face a estes episódios, a Check Point enumerou os "melhores meios de prevenção". São eles: assumir que todos os dispositivos e utilizadores não são confiáveis por defeito, aproveitar a deteção de ameaças baseada em IA, proteger os dados quando está em movimento ou em repouso, tentar identificar e mitigar vulnerabilidades, verificar os fornecedores e monitorizar as vulnerabilidades da cadeia de fornecimento, e educar os clientes sobre as melhores práticas em matéria de cibersegurança.
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."