"A esperança que nós temos, o incentivo que temos dado a todas as partes, é que na Autoeuropa seja possível restabelecer a boa tradição que tem sido, aliás, uma imagem de marca da própria Autoeuropa como uma empresa modelo onde o diálogo social sempre tem permitido ultrapassar problemas laborais e onde tem contribuído muito para a melhoria da competitividade da empresa e para a qualidade do trabalho e da situação laboral" desta, afirmou o primeiro-ministro.
Sobre se os trabalhadores poderiam estar a dar uma má imagem do País, o chefe do Executivo esclareceu que considera que "no conjunto é essencial que uma empresa, que aliás afirmou como uma das suas principais imagens de marca a excelência do seu diálogo social, continue essa excelência de diálogo social e a produzir bons resultados, que têm sido bons para a empresa e para os trabalhadores".
Antes, António Costa realçou a importância do sector automóvel para o País, notando que tem "um peso muito grande nas exportações", sendo que a ambição que o país deve ter é fixar as empresas que existem, assim como "atrair novos construtores para Portugal". "Para que isso aconteça é essencial que continuemos a ter uma imagem de excelência no exterior, na nossa capacidade científica, tecnológica, da qualidade única da nossa mão-de-obra, da qualidade das nossas empresas, da capacidade que temos de cumprir os prazos e as condições de produção de uma indústria que é muito exigente", adiantou.
A este propósito acrescentou: "No momento em que queremos atrair um novo construtor, ter problemas em alguns dos construtores que já temos, obviamente não seria uma boa solução".
Recorde-se que os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram em Dezembro uma proposta para uma greve de dois dias, a 2 e 3 de Fevereiro. Até lá, Comissão de Trabalhadores e a administração têm novas reuniões sobre os novos horários marcadas para esta semana.