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Número de casas vendidas cai 11,6% no 1.º trimestre

Decréscimo deverá ser ainda mais acentuado no segundo trimestre deste ano, considera a APEMIP.

O número de casas vendidas em Portugal no primeiro trimestre deste ano caiu 11,6%, para 43.532, face ao trimestre anterior e recuou 0,7% em termos homólogos, revelou hoje associação das empresas de mediação imobiliária.

O decréscimo no número de casas vendidas, no período em análise, é justificado pelo presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, pela "pandemia de covid-19".

"A quebra do número de vendas já era esperada devido ao surto pandémico e ao decreto do Estado de Emergência em março, que motivou (...) o adiamento de escrituras, o encerramento dos estabelecimentos ao público e o impedimento de realizar de visitas presenciais a imóveis, afirmou, num comunicado.

Mas quanto aos valores resultantes da venda, o primeiro trimestre ficou marcado por um investimento de mais de 6,7 mil milhões de euros, menos 2,5% face ao último trimestre de 2019, embora tenha registado uma subida 10,4% em termos homólogos.

Com a pandemia de covid-19, e perante esta situação, "era expectável que o número de vendas registasse um decréscimo que deverá ser ainda mais acentuado no segundo trimestre deste ano", salientou o representante das imobiliárias.

"Nenhum setor está imune às consequências desta crise pandémica e o imobiliário também não está", disse Luís Lima, acrescentando que "o comportamento da economia e a estabilidade laboral das famílias influenciou diretamente o desempenho do mercado".

Apesar disso, mostrou-se otimista e disse acreditar que "este setor será um dos primeiros a recuperar, alavancando eventualmente outros como o turismo, cuja recuperação se espera mais lenta".

Na base da sua posição estão as oportunidades que se colocam ao investimento estrangeiro e ao arrendamento urbano.

"Temos tido sinais, confirmados aliás por algumas entidades financeiras, de que a procura por estrangeiros se tem vindo a acentuar, motivada pelo bom desempenho do país na gestão sanitária desta crise. Apesar de não haver ainda concretizações, logo que se registe a reabertura de algumas rotas aéreas e a confiança para viajar, deveremos reaver o investimento estrangeiro no setor", salientou o representante das imobiliárias.

Por outro lado, o arrendamento urbano "seguirá como um novo paradigma de atuação para o setor, quer numa perspetiva de investimento, quer numa perspetiva de mercado", apontou.

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