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"Não faz sentido" que progressões não tenham sido pagas a todos

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública lamenta que progressões tenham chegado a apenas 40 mil trabalhadores.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública considerou hoje ser injustificável que os pagamentos das progressões tenham chegado apenas a 40 mil trabalhadores.

"Não faz nenhum sentido que os pagamentos não tenham chegado a todos os funcionários. Creio que nada justifica isto. Se o Governo acha que a lei é complexa então tinha-a feito de outra forma. Nós não aceitamos que os serviços não tenham condições para fazer o processamento das posições remuneratórias", disse a dirigente da Frente Comum, Ana Avoila.

Para a responsável, que falava aos jornalistas após uma reunião com a secretária de Estado da Administração e Emprego Público no Ministério das Finanças, o Governo está a "fazer cativações à conta da função pública".

"Se o Governo se desculpa com os serviços, então está a dizer que os serviços da administração pública são todos incompetentes e nós não pensamos isso. Por experiência, sabemos, perfeitamente, que têm condições para aplicar toda a legislação", notou.

O Governo anunciou hoje que 40.000 trabalhadores da administração central, pertencentes a 125 organismos, já tiveram a valorização remuneratória em janeiro e fevereiro.

No entanto, o Governo prevê que duplicar os números apresentados em março.

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) também já reagiu a este valor, considerado tratar-se de "um universo diminuto".

A FESAP que, à semelhança das outras entidades também esteve hoje reunida no Ministério das Finanças com a secretária de Estado Maria de Fátima Fonseca, considerou que era expectável que os serviços estivessem mais preparados para efetuar os pagamentos.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.