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Lesados continuam protesto junto ao Banco de Portugal

Os manifestantes, na sua maioria emigrantes, e a polícia protagonizaram vários momentos de tensão

Cerca de 300 lesados do ex-BES continuaram esta sexta-feira o protesto para serem ressarcidos no Banco de Portugal. De acordo com a Lusa, os manifestantes - na sua maioria emigrantes - e a polícia protagonizaram vários momentos de tensão. 

Os lesados forçaram as grades do perímetro de segurança, junto ao edifício do banco que resultou da resolução do BES, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Esta manhã, alguns dos manifestantes confrontaram e insultaram dirigentes da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP), que fora recebida pela administração presidida por António Ramalho, colocando em causa a bondade das suas intenções.

Segundo dirigentes da associação que representa os emigrantes lesados do BES, os "elementos agitadores" serão clientes lesados do papel comercial que não aceitaram o acordo já firmado entre outra associação, o Novo Banco e o Governo, os quais terão conseguido "infiltrar-se" nos autocarros que se dirigiram a Lisboa e se concentraram a partir das 11h30.

"Houve garantia da administração e do Governo de que até Outubro serão depositados 15% das poupanças de quem tinha o produto Aforro 10. Estão a trabalhar para resolver as situações ainda pendentes, que precisam de ser negociadas. A administração do Novo Banco compreendeu o descontentamento das pessoas. Ainda não têm uma solução, mas vão tentar encontrá-la o mais rápido possível", disse à Lusa o presidente da AMELP, Luís Marques.

Os emigrantes e clientes do ex-BES queixam-se de dois produtos financeiros onde terão investido mais de 140 milhões de euros: EG Premium e Euro Aforro 10.

A associação que representa os emigrantes lesados do BES revelou na terça-feira um entendimento com o Novo Banco e o Governo do PS, que passa pela recuperação de 75% do dinheiro investido dos produtos Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7.

Cerca de uma hora, entre as 14h e as 15h, demorou o percurso entre a rua Barata Salgueiro e a rua do Ouro, ao som de apitos, chocalhos, buzinas e colorido por bandeiras, cartazes e tarjas com queixas contra governantes e banqueiros para espanto e admiração dos muitos turistas que se cruzaram com o cortejo até pelas bandeiras de França e da Suíça empunhadas pelos emigrantes lesados pelo BES.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.