A atual situação caracteriza-se "pela dificuldade em obter novas linhas de crédito e renovar as atuais, o que limita a sua capacidade de assegurar com normalidade e segurança o crescimento sustentado da sua atividade”, refere a Impresa antes da assembleia geral que irá aprovar o aumento de capital subscrito pelos italianos.
“A sociedade atravessa uma fase delicada,
caracterizada pela dificuldade em obter novas linhas de crédito e renovar as atuais, o que
limita a sua capacidade de assegurar com normalidade e segurança o crescimento sustentado da sua
atividade”. É desta forma que a Impresa justifica a entrada dos italianos da
MFE (MediaForEurope) no capital da empresa, nos documentos enviados à Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM) no âmbito da convocatória para a assembleia-geral de 29 de dezembro que irá aprovar a operação.
Impresa
Os argumentos são apresentados como justificação
para a supressão
do direito de preferência dos atuais acionistas no aumento de capital que permitirá que a empresa da familia Berlusconi fique com uma participação na Impresa, um dos
pontos a aprovar na reunião magna. “A manutenção
deste quadro, sem uma intervenção externa, teria consequências inevitavelmente
graves, traduzindo-se no progressivo enfraquecimento da capacidade operacional da sociedade, na erosão da confiança dos seus credores e parceiros comerciais e, em última
análise, na deterioração do seu valor económico”, continua o documento.
Caso a empresa não agisse, os impactos
“afetariam e impactariam igualmente trabalhadores,
clientes, fornecedores e a rede alargada de stakeholders cuja relação com a sociedade é
essencial para o desenvolvimento normal e contínuo da sua atividade”, alerta a Impresa.
“Impõe-se, por isso, a adoção imediata
de medidas que assegurem uma recapitalização robusta, certa e integral, apta a restaurar o equilíbrio
financeiro, a estabilizar a atividade empresarial e a criar as condições indispensáveis à preservação e
crescimento da atividade da sociedade a médio e longo prazo”, refere a empresa.
É neste contexto
que surge a operação de aumento de capital social, que será realizado
mediante a emissão de 82,5 milhões de ações da Impresa por 17,325 milhões de
euros, comprometendo-se os atuais acionistas a abdicarem do direito de
preferência. A operação colocará a MFE com uma participação de 32,934% do
capital da dona SIC e do Expresso, ficando a Impreger, "holding" da
família Balsemão, com 33,738%.
A
operação assegura “a disponibilização de fundos necessários ao desenvolvimento
sustentado daatividade da Sociedade e
do Grupo. Mais do que isso, a subscrição do aumento de capitalrepresenta
um primeiro passo para o estabelecimento de uma nova parceira estratégica com a MFE,
que atua no mesmo setor que a sociedade", lê-se no documento.
Assim, refere a empresa de media portuguesa, "este novo parceiro não só é dotado de capacidade
financeira robusta e de uma orientação empresarial, como também é apto a contribuir
para o reposicionamento da Sociedade, através da partilha de novo know-how e de novas
perspetivas e experiências para a gestão” da Impresa. Contudo, o documento ressalva
que a empresa “continuará a ser conduzida pela Impreger”.
Impresa reconhece "fase delicada" como justificação para entrada da MFE
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O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.
Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.