Erros da Segurança Social, uma reunião "para ganhar tempo" com a equipa da ministra Ana Mendes Godinho, muitas pessoas desesperadas. A situação dos trabalhadores independentes à espera de apoios, contada por um deles.
Vasco Vieira, artesão, quase não trabalhou este ano. A casa onde vive está paga, mas admite que conta com a ajuda dos pais para pagar a alimentação. Já recebeu três meses de apoio da Segurança Social, mas passou 12 dias a trabalhar para tentar ajudar os que ainda não receberam nada. Continua. Aos 45 anos, é um dos administradores de um grupo de Facebook que reúne 1.600 trabalhadores independentes. Trocou mensagens com a ministra Ana Mendes Godinho, reuniu com assessores, diz que continua à espera de uma solução. Em causa está, noticiou o Correio da Manhã no passado dia 31, um atraso da Segurança Social no pagamento de apoios a seis mil recibos verdes em situação de desproteção económica. De acordo com o mesmo jornal, a Segurança Social - que tinha garantido regularizar os pagamentos entre 23 e 30 de dezembro - diz que todas as pessoas que reuniam condições para terem o pedido deferido já receberam. Em causa está, alegam, uma reanálise dos processos. Vasco Vieira tem dúvidas e garante que as situações são dramáticas.
“Há pessoas a comer pão e água, literalmente. Um colega quis suicidar-se”
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Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.