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O Negócios tinha já avançado que o sucessor de Filipe Silva seria escolhido entre os seus colegas mais próximos do Conselho de Administração: Maria João Carioca, Georgios Papadimitriou, Ronald Doesburg, Rodrigo Vilanova e João Diogo Silva.
A Galp comunicou esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a administradora financeira (CFO), Maria João Carioca, e o vice-presidente executivo para a área Comercial, João Diogo Silva, foram os dois nomes escolhidos para partilhar, de forma interina, o cargo de CEO da petrolífera portguesa.
Em comunicado, a empresa informou que o Conselho de Administração "decidiu por unanimidade nomear os seus administradores Maria João Carioca [CFO da Galp há um ano e nove meses] e João Diogo Marques da Silva [responsável pela área Comercial desde maio de 2023] como co-presidentes executivos interinos da Comissão Executiva (CEO), acumulando ambas as funções". Já Georgios Papadimitriou, Ronald Doesburg e Rodrigo Vilanova "continuarão com as mesmas responsabilidades".
Mariline Alves
Maria João Carioca esteve seis anos no Conselho Executivo da Caixa Geral de Depósitos, antes de assumir o cargo de CFO na petrolífera, em 2023, enquanto João Diogo Silva trabalha na Galp há quase 23 anos, tendo passado por várias posições dentro da empresa.
"A antiguidade profissional e a sólida perspicácia financeira de Maria João Carioca, aliada à experiência de João Diogo Silva e à sua profunda integração na nossa cultura empresarial e décadas de serviço, criam uma liderança equilibrada e poderosa. Estou confiante de que esta co-liderança impulsionará a nossa empresa, mantendo ao mesmo tempo uma estratégia bem definida", disso no mesmo comunicado Paula Amorim, presidente do Conselho de Administração da Galp, sem avançar mais detalhes sobre quando será conhecido o nome do próximo CEO da empresa.
Ricardo Jr
Além disso, a Galp anunciou também a "cooptação de Nuno Holbech Bastos, antigo diretor da divisão de Estratégia & M&A da Galp, como membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva", decisão que será submetida à ratificação dos acionistas na próxima Assembleia Geral. O gestor irá ficar com a responsabilidade da "poderosa" área de negócio de "upstream" (exploração de petróleo e gás natural). O cargo assume especial importância numa altura em que a Galp está a apostar forte nas novas descobertas petrolíferas na Namíbia.
O Negócios tinha já avançado que o sucessor de Filipe Silva seria escolhido entre os seus colegas mais próximos do Conselho de Administração. Quanto ao nome definitivo, apurou o Negócios, este será apresentado até à próxima assembleia geral de acionistas da empresa, que terá lugar a 9 de maio.
Foi esta terça-feira que Filipe Silva se demitiu do cargo, dois anos e uma semana depois de ter sido promovido de CFO à liderança da petrolífera. "A Galp informa que Filipe Silva comunicou ao Presidente que renunciou ao cargo de Presidente do Executivo Diretor e Vice-Presidente do Conselho de Administração", referiu o comunicado da empresa à CMVM.
A demissão com "efeitos imediatos" surge após uma denúncia interna por suspeitas de conflitos de interesses envolvendo Filipe Silva. O gestor terá, alegadamente, mantido um relacionamento com uma diretora da empresa, não tendo reportado o mesmo à Comissão de Ética.
O CEO estava fora do país quando este caso foi tornado público e regressou a Portugal para ser ouvido pela Comissão de Ética e Conduta, liderada por Tito Arantes Fontes, antigo sócio da Uría Menéndez que agora presidente a este órgão. A reunião de urgência aconteceu esta segunda-feira.
Paula Amorim, que numa primeira reação ao caso salientou apenas a necessidade de todos cumprirem com o Código de Ética e Conduta, destaca o "contributo que o Filipe deu à empresa ao longo dos últimos 12 anos, período em que a sua dedicação foi importante para o crescimento da Galp".
Com a saída de Filipe Silva, Paula Amorim garante que a "Comissão Executiva da Galp permanece nas mãos de uma equipa altamente qualificada, que garantirá a execução e implementação da estratégia da empresa".
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