Cerca de 74% dos inquiridos da amostra considera ainda que os gestores de topo não têm conhecimento suficiente sobre experiências digitais para que possam identificar as oportunidades que existem.
A falta de recursos humanos com qualificações ao nível do digital é uma realidade que preocupa 74% dos líderes de opinião nesta área, segundo um estudo da consultora EY apresentado esta quinta-feira em Lisboa.
De acordo com o estudo "Portugal Digital", outra preocupação manifestada por 79% dos líderes de opinião inquiridos é a falta de investimento das empresas portuguesas no desenvolvimento da experiência digital dos seus clientes.
"Atendendo à elevada adesão dos consumidores nacionais a soluções de mobilidade, muitas empresas estão a passar ao lado da oportunidade de aumentar a captação e retenção de clientes, levando em muitos casos a que estes encontrem alternativas fora de Portugal", lê-se no estudo baseado numa amostra composta por 37 respostas a cargos de topo em empresas relacionados com este tipo de projetos.
Cerca de 74% da amostra considera ainda que os gestores de topo não têm conhecimento suficiente sobre experiências digitais para que possam identificar as oportunidades que existem e definir estratégias de sucesso nesta área.
Sobre os hábitos digitais dos consumidores portugueses, o estudo refere que 86% dos 500 consumidores inquiridos por via eletrónica, usa regularmente 'smartphones' ou 'tablets' na rua, na casa de banho e também enquanto vê televisão, sendo que 28% assumem-se dependentes dos smartphones, sobretudo os mais novos.
"Este estudo mostra-nos que a maioria dos portugueses já adotou um estilo de vida digital, utiliza intensivamente dispositivos móveis e procura incessantemente conteúdos online, particularmente através das redes sociais, mas também já com interesse no comércio eletrónico", comentou Bruno Padinha, da EY.
O responsável referiu ainda que "os consumidores portugueses pedem um Estado mais interventivo face às avaliações negativas das medidas de proteção existentes, uma questão apontada maioritariamente pelos jovens e mulheres".
Segundo o estudo, 45% dos consumidores inquiridos consideram que Portugal está ligeiramente ou muito atrasado face a outros países desenvolvidos na área do digital, com apenas 32% a avaliar positivamente a experiência digital na relação com o Estado e serviços públicos.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral, que interveio na conferência para falar sobre o futuro do trabalho na revolução digital, defendeu que é preciso olhar para o impacto que "a acentuação nos últimos anos" das formas de emprego não convencionais vão ter na Segurança Social.
Para Nazaré Costa Cabral, o sistema de Segurança Social tem de estar preparado para as novas profissões que são mais flexíveis e intermitentes e onde muitos trabalhadores têm várias entidades contratantes.
"Estas oscilações podem levar a que haja insegurança económica" tanto ao nível das prestações imediatas como das pensões, uma vez que as carreiras contributivas serão marcadas por "hiatos contributivos que é preciso encarar", defendeu a presidente do CFP, lembrando que, em vários países europeus, os sistemas públicos "já se estão a preparar" para este "desafio".
Falta de recursos humanos com qualificações na área digital preocupa empresas
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.