Instituto Nacional de Estatística revelou a primeira estimativa das Contas Nacionais Trimestrais. A economia portuguesa abrandou em relação ao último trimestre de 2015 e também em termos homólogos
A economia portuguesa cresceu 0,1% no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2015 e avançou 0,8% em termos homólogos, divulgou o Instituto Nacional de Estatística esta sexta-feira.
Isto significa que a economia abrandou neste primeiro trimestre, não só face aos últimos três meses de 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,2% em cadeia, mas também em termos homólogos, uma vez que entre Janeiro e Março do ano passado aumentou 1,7%.
De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais no primeiro trimestre, em termos homólogos, "a procura externa líquida registou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB do que no trimestre anterior, reflectindo a desaceleração das exportações de bens e serviços".
Por sua vez, a procura interna "manteve um contributo positivo, próximo do verificado no trimestre anterior, observando-se um crescimento mais intenso do consumo privado, enquanto o investimento desacelerou significativamente, reflectindo a redução da Formação Bruta de Capital Fixo".
Já comparativamente com o quarto trimestre de 2015, a melhoria do PIB em 0,1% é justificada também com o contributo negativo da procura externa líquida, "em resultado das exportações de bens e serviços, enquanto a procura interna contribuiu positivamente", afirma o INE.
Os números divulgados hoje pelo INE ficam também abaixo da média de previsões de vários analistas contactados pela agência Lusa, que esperavam um crescimento em cadeia em torno dos 0,3% e homólogo perto dos 1,1%.
Entre as estimativas recolhidas pela Lusa, a mais pessimista era a do Núcleo de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, que antecipava um crescimento económico de 0,1% em cadeia e de 0,8% em termos homólogos, idêntico ao que foi divulgado hoje pelo INE.
Este abrandamento da economia no primeiro trimestre faz com que a estimativa anual de crescimento económico do Governo, de 1,8%, seja "pouco provável" e "muito difícil" de cumprir, admitiram os analistas à Lusa.
O Governo prevê um crescimento económico de 1,8% este ano, estimativa que inscreveu no Orçamento do Estado para 2016 e que manteve com a apresentação do Programa de Estabilidade.
Esta meta tem sido considerada optimista, ficando abaixo das estimativas das principais instituições financeiras internacionais e nacionais: a Comissão Europeia e o Banco de Portugal antecipam que o PIB português cresça 1,5%, enquanto o Fundo Monetário Internacional prevê que avance 1,4%.
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