Carlos Costa, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix, e o ministro das Finanças, Mário Centeno também irão ao Parlamento
As primeiras audições na segunda comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) foram hoje confirmadas numa reunião que durou menos de dez minutos, e que só deverá voltar a realizar-se a 18 de Abril.
As primeiras audições serão as do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, do secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, e do ministro das Finanças, Mário Centeno.
Numa segunda fase, deverão ser ouvidas outras personalidades, casos de Elsa Roncon, ex-directora-geral do Tesouro e Finanças, Francisco Sá Carneiro, advogado da CS Associados, e a consultora McKinsey, que apoiou Domingues nas negociações com Bruxelas ainda antes de assumir o cargo.
Os deputados confirmaram, sem objecções, a votação indiciária que tinha sido feito na terça-feira pelos coordenadores da mesa.
O presidente da comissão de inquérito, o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, informou também os partidos que já notificou as várias entidades para solicitar os documentos pedidos pelos partidos.
PS e PCP decidiram, para já, não requerer qualquer audição ou documentação no âmbito da segunda comissão de inquérito à Caixa, centrada na actuação do Governo na nomeação e demissão da anterior administração do banco público.
Assim, numa primeira fase apenas PSD e CDS-PP, que apresentaram requerimentos conjuntos, e o Bloco de Esquerda pediram audições e documentação.
Enquanto o BE se cingiu às atas das reuniões do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos durante o período em que o banco foi presidido por António Domingues, PSD e CDS-PP foram mais longe e dividiram o pedido em três áreas: sobre a nomeação, gestão e demissão da anterior administração da Caixa.
PSD e CDS-PP solicitaram toda a documentação entre o Governo e a anterior administração da CGD, mas sem nunca pedirem concretamente as mensagens telefónicas escritas (SMS) trocadas entre Domingues e Centeno, que tinha chegado a ser requerida na primeira comissão de inquérito sobre a Caixa, mas rejeitada pela esquerda.
Sobre a demissão de António Domingues, o ponto mais polémico, PSD e CDS pedem "toda a documentação trocada entre o Ministério das Finanças ou qualquer membro dos respectivos gabinetes governamentais e a administração liderada por António Domingues, relativa à alteração do Estatuto do Gestor Público e suas implicações, designadamente quanto à declaração de rendimentos e património, incluindo declarações, notas ou comunicados emitidos por qualquer uma das partes".
Um dos pontos centrais desta segunda comissão de inquérito será apurar se "é verdade ou não que o ministro [das Finanças] negociou a dispensa da apresentação da declaração de rendimentos [de António Domingues]", o que tem sido negado por Mário Centeno.
Actualmente, decorre - com trabalhos suspensos - uma outra comissão de inquérito sobre a gestão da CGD desde o ano 2000 e sobre os motivos que estão na origem da necessidade de recapitalização do banco público.
Domingues ouvido na nova comissão de inquérito à CGD
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.