NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
O ainda presidente do Eurogrupo elogiou os "três excelentes candidatos" à sua sucessão na eleição agendada para esta quinta-feira.
O ainda presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, elogiou os "três excelentes candidatos" à sua sucessão na eleição agendada para hoje, afirmando-se seguro de que deixará a liderança do fórum de ministros das Finanças da zona euro "em boas mãos".
"O meu último Eurogrupo vai ser marcado pela eleição do meu sucessor [...] Temos três excelentes candidatos, que reuniram apoios entre os seus pares. Esta corrida renhida e este nível de candidaturas mostram que o Eurogrupo é mais importante e influente do que nunca", comentou, numa mensagem vídeo publicada na sua conta oficial na rede social Twitter, a poucas horas do início da reunião, que se celebrará ainda por videoconferência.
Argumentando que "estes últimos dois anos mostraram como o Eurogrupo pode liderar não só a zona euro mas o conjunto da UE, ao aproximar ainda mais a União", Centeno apontou que os três candidatos à sua sucessão -- a espanhola Nadia Calviño, o irlandês Paschal Donohoe e o luxemburguês Pierre Gramegna -- "estiveram em incontáveis reuniões de longas horas" e "sabem o quão importante este grupo é".
"Estou seguro de que deixo o Eurogrupo em boas mãos", afirmou.
Referindo-se à agenda daquela que é a última reunião do Eurogrupo a que presidirá, e na qual Portugal já estará representado pelo ministro João Leão, Mário Centeno disse que, antes da eleição, vai haver um debate sobre o estado da economia europeia, à luz das recentes previsões macroeconómicas intercalares de verão publicadas esta semana pela Comissão Europeia.
"A Comissão projeta uma forte recessão em toda a Europa este ano. Estes números ainda não refletem o impacto do pacote de recuperação [que está a ser negociado pelos 27]. Espero que esta reposta política altere este destino, ajudando-nos a amortecer o choque e a proteger o mercado único", declarou.
Centeno defendeu ainda que não deve haver "pressa em abandonar os estímulos económicos, pois tal pode prejudicar a retoma".
O grande destaque da agenda é contudo, inevitavelmente, a eleição do sucessor de Centeno, que poderá ser sucessora, até porque a socialista espanhola Nadia Calviño, a candidata apoiada por Portugal, tem reunido fortes apoios, o mais recente dos quais da França, anunciado hoje.
Os três candidatos farão curtas intervenções na reunião de hoje, celebrada à distância devido às restrições relacionadas com a pandemia de covid-10, após o que terá início a votação -- secreta e eletrónica --, vencendo aquele que obtiver maioria simples, ou seja, os votos de pelo menos 10 dos 19 países da zona euro, pelo que poderá haver necessidade de uma segunda volta para 'afastar' uma das três candidaturas.
O novo presidente, que participará já na conferência de imprensa no final da videoconferência, assumirá funções na próxima segunda-feira, 13 de julho, dado o mandato de Centeno expirar no dia 12, e liderará o Eurogrupo nos próximos dois anos e meio, até final de 2022.
Centeno seguro de que deixa liderança do Eurogrupo "em boas mãos"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A desinformação não é apenas um fenómeno “externo”: a nossa própria memória também é vulnerável, sujeita a distorções, esquecimentos, invenções de detalhes e reconstruções do passado.
Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.
Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.