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Carros elétricos podem ser mais baratos do que os convencionais a partir de 2030

Rita Pereira Carvalho
Rita Pereira Carvalho 13 de junho de 2021 às 13:05
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A associação ambientalista Zero defende que todos os automóveis novos vendidos em Portugal, a partir de 2035, devem ser 100% elétricos. 

Daqui a quatro anos, os automóveis 100% elétricos podem custar o mesmo que os carros convencionais, com motor de combustão. E em 2030 podem ser cerca de 18% mais baratos. As contas foram feitas com base na diminuição do preço das baterias e na redução dos custos de produção e foram publicadas num estudo europeu feito pela BloombergNEF para a Federação Europeia de Transportes e Ambiente. 

A associação ambientalista Zero faz também parte desta federação europeia e, este domingo, defendeu que todos os automóveis novos vendidos em Portugal, a partir de 2035, sejam 100% elétricos. 

"O estudo mostra que entre 2025 e 2027 os automóveis elétricos a bateria atingirão o mesmo preço que os modelos equivalentes a combustível fóssil, e não dependerão de incentivos para isso", refere a Zero em comunicado, acrescentando que os ligeiros de mercadorias poderão alcançar um preço menor mais cedo, já em 2025. "É seguro afirmar que dentro de entre quatro a seis anos os automóveis elétricos serão a opção mais barata para os condutores, tornando acessível a transição para a mobilidade eléctrica." 

Ao lado de Portugal, a Zero coloca Espanha e Itália como países onde será possível ter um mercado totalmente composto por automóveis elétricos em 2035. Já os países de leste, "partem com atraso, pois nestes países o mercado de usados é preponderante, pelo que o grande crescimento de elétricos nas vendas só acontece a partir do final da década", defende a associação. 

Regressando ao contexto português, para que seja possível vender mais automóveis elétricos, diz a Zero, o "governo português deve colocar uma data limite, o mais tardar em 2035, para o fim da comercialização de ligeiros de passageiros e de mercadorias com motor de combustão". Restringir a circulação de automóveis com emissões poluentes, não apenas nas zonas históricas, mas em várias zonas no interior das cidades, reforçando a rede de transportes públicos, é ainda outra recomendação feita pela associação. 

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