Presidente executivo do banco disse ainda que a constituição de imparidades por parte do banco, na sua maioria ligadas à pandemia de Covid-19, não pode ser diretamente ligada a reestruturações.
O presidente executivo indigitado do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, rejeitou hoje tratar os trabalhadores como "folhas de Excel" e fazer cortes "só porque sim", quando questionado sobre a possibilidade do banco reduzir a sua estrutura de pessoal.
"Será algo que vamos analisando, agora... não funcionamos com folhas de Excel quando se trata de pessoas", referiu João Pedro Oliveira e Costa quando questionado sobre o possíveis cortes na estrutura do banco, durante a conferência de imprensa da apresentação dos resultados do BPI (lucros de 42,6 milhões de euros), que decorreu hoje no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O responsável do BPI considerou que "a possibilidade do banco poder ser mais ágil a nível dos custos terá de ser ponderada com a manutenção da qualidade do serviço, com o nível de competitividade que o banco quer ter e com a presença que o banco quer ter no mercado".
O presidente executivo do banco, ainda com o estatuto de indigitado, disse ainda que a constituição de imparidades por parte do banco, na sua maioria ligadas à pandemia de covid-19, não pode ser diretamente ligada a reestruturações.
"O lucros são 6,5 [milhões de euros, em Portugal] porque o BPI faz uma constituição de imparidades, por antecipação, de uma forma muito significativa. Se retirássemos essas mesmas imparidades, no seu grosso, os resultados teriam caído muito pouco. Por isso, eu não posso ligar o assunto imparidades a um assunto de redução de custos só porque sim", argumentou João Pedro Oliveira e Costa.
Relativamente à redução de 23 trabalhadores e 29 balcões entre junho de 2019 e junho de 2020, o responsável afirmou que "numa organização, as pessoas também saem naturalmente, porque se reformam", e em relação aos balcões disse que as equipas das sucursais encerradas foram integradas em outras unidades.
"O banco teve sempre uma grande preocupação com a componente do reconhecimento dos recursos humanos a vários níveis, e nomeadamente, também, quando é necessário adaptar a sua estrutura às circunstâncias exteriores que não são impostas pelo banco. E o banco continuará a analisar e a olhar para essas mesmas circunstâncias e adaptando a sua estrutura conforme for necessário", disse ainda o presidente indigitado do BPI.
O BPI teve lucros de 42,6 milhões de euros no primeiro semestre, menos 68% do que no mesmo período do ano passado, tendo registado 83 milhões de euros em imparidades, divulgou hoje o banco em comunicado ao mercado.
As imparidades criadas entre janeiro e junho foram de "caráter preventivo", segundo o banco detido pelo grupo espanhol Caixabank, relacionadas com a crise económica desencadeada pela covid-19.
Na atividade em Portugal, o lucro foi de 6,5 milhões de euros, menos 92,6% face a período homólogo.
BPI rejeita "folha de Excel" para lidar com trabalhadores e cortes "só porque sim"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar