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A Zero considera que o plano de expansão da Linha Vermelha, na sua forma atual, "não conseguirá atingir a redução de emissões que seria possível e necessária, nem promoverá um aumento significativo na utilização de transporte público".
A associação ambientalista Zero apelou esta sexta-feira, 06, à reformulação da expansão da Linha Vermelha do Metro de Lisboa, de forma a maximizar a intermodalidade, melhorar a conectividade e assegurar um uso mais eficaz dos recursos públicos.
REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
Em comunicado, a Zero apela a que o Governo retome o plano de 2009, incluindo a estação de Campolide como "interface estratégico e integrando" as linhas de Setúbal, Cascais, Sintra e uma rede de elétricos "para melhor servir o centro da cidade".
A organização ambientalista recorda que terminou na quinta-feira o período de discussão pública do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) da expansão da Linha Vermelha, entre São Sebastião e Alcântara, para o qual a Zero "contribuiu, e sem o qual o projeto não pode avançar".
A Zero considera que o plano de expansão da Linha Vermelha, na sua forma atual, "não conseguirá atingir a redução de emissões que seria possível e necessária, nem promoverá um aumento significativo na utilização de transporte público" na Área Metropolitana de Lisboa (AML), nomeadamente nos seus concelhos mais ocidentais.
O RECAPE, de acordo com a Zero, procura dar cumprimento, "mas sem integral sucesso", à Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida sobre um estudo prévio "que ignorou de forma ostensiva o potencial dos interfaces da linha vermelha com as linhas de comboio de Setúbal (Fertagus) e de Cascais na futura estação de comboio do Alvito, e sobretudo a enorme mais-valia que constituiria o interface com a estação de comboio de Campolide enquanto nó fundamental da rede ferroviária metropolitana".
A manter-se o rácio entre investimento e emissões reduzidas, a Zero alerta que seria necessário "investir em média 18.000 milhões de euros por ano, a preços atuais", para cumprir os objetivos de emissões no setor dos transportes até 2050, "o que sendo irrealizável demonstra a inviabilidade financeira deste investimento do ponto de vista da redução de emissões no setor dos transportes".
Segundo a Zero, os "mais de 400 milhões de euros previstos" para a obra poderiam ser "mais eficazmente utilizados", do ponto de vista da mitigação das alterações climáticas, "na eletrificação da frota de autocarros e da logística urbana" ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um impacto mais significativo na redução das emissões de gases com efeitos de estufa e na melhoria da mobilidade na AML.
"A implementação de um plano integrado e ambicioso é essencial para que Lisboa alcance as suas metas de descarbonização e desenvolva uma rede de transportes moderna e eficiente", sublinha a associação.
De acordo com a Zero, o projeto, concebido para um cenário em que o Aeroporto Humberto Delgado se manteria, "é resultado do inexplicável abandono do Plano de Expansão de 2009, que previa estações em Campolide e no Alvito", consideradas para a associação como "cruciais para a criação de interfaces eficientes para o sistema de transportes".
A Zero recorda que sem aqueles "elementos de descongestionamento", as estações de Sete Rios e Entrecampos vão "continuar sobrecarregadas, aumentando os tempos de espera e asfixiando a capacidade da Linha de Cintura".
A expansão da linha Vermelha é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência em 304 milhões de euros e 101,4 milhões de euros através de "verba inscrita ou a inscrever" no ano de 2026.
Já foram registadas duas revisões ao projeto inicial, que tinha um valor total de investimento de 304 milhões de euros do PRR, e cuja previsão de conclusão era de dezembro de 2025. Desta forma, houve um aumento de despesa para os 405 milhões de euros e alterada a conclusão dos trabalhos para o segundo semestre de 2027 (mais 18 meses).
Atualmente, de acordo com dados apresentados pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, no parlamento, o projeto, que esteve suspenso durante cinco meses, tem um desvio orçamental de 101,4 milhões de euros, mais 33% face ao inicialmente previsto, apresentando uma taxa de execução de 1,4%.
Os 405,4 milhões de euros de investimento provêm 88% do PRR, sendo 357,51 milhões de euros a somar aos 47,9 milhões de euros provenientes do Orçamento do Estado.
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