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Dinheiro

As muitas vidas do Palácio do Manteigueiro, que deverá ser cedido à CIP

Ana Taborda
Ana Taborda 29 de dezembro de 2025 às 23:00

Foi mandado construir por um vendedor de manteiga que se fez rico e comprou o seu próprio navio, abrigou um miguelista escondido nas águas furtadas, foi palco de um homicídio

Os rumores sobre a forretice de Domingos Mendes Dias só não superavam o que se dizia acerca da sua imensa fortuna, uma das maiores da época. Apelidado de novo rico quando o termo ainda mal se conhecia, vivia num palácio que mandou construir na Rua da Horta Seca, ao Chiado, e que vale hoje mais de 20 milhões de euros. Apesar da luxuosa decoração - com móveis em pau-santo, madeira do Brasil, um oratório em talha dourada e muitas peças de ouro (o inventário da sua fortuna, com mais de 20 páginas, inclui dois hábitos da Ordem de Cristo, um dos quais com diamantes) - os jornais e artigos da época retratavam-no como imensamente poupado.

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