Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal abriu este fim-de-semana a sua nova delegação em Teerão, no Irão. Portugal quer aproveitar oportunidades que o levantamento do embargo trazem.
Quatro meses depois das sanções internacionais ao Irão terem sido levantadas, Portugal já criou relações económicas com o Teerão à procura novas oportunidades para os empresários nacionais. A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) já tem a sua nova delegação em Teerão, no Irão.
A abertura simbólica aconteceu no passado sábado, dia 28 de Maio, no âmbito da deslocação do Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e do administrador da AICEP Portugal Global, Pedro Ortigão Correia, ao país. Segundo a nota de imprensa, a AICEP augura "mudanças a curto-médio prazo, na sociedade e na economia do Irão" que "permitem o desenvolvimento de importantes oportunidades de negócios para as empresas ocidentais e nomeadamente para as empresas portuguesas".
Esta nova delegação já havia sido anunciada em Janeiro. Tal como disse à Lusa há quatro meses, na sequência do levantamento das sanções internacionais ao Irão, Miguel Frasquilho, dirigente da AICEP, afirmou que se trata de "uma oportunidade extraordinária para as empresas portuguesas", embora considere que "ainda é cedo para fazer uma antevisão dos resultados que poderão ser obtidos, nomeadamente ao nível das exportações".
Contudo, salientou, "o mercado iraniano é um mercado de mais 80 milhões de consumidores, é o maior país daquela região. Quero deixar um sinal de optimismo e confiança aos empresários portugueses que irão poder contar com o apoio e a presença portuguesa da AICEP em Teerão". "Significará um aumento das trocas comerciais entre os dois países, mas queremos fazer mais, queremos colocar Portugal na rota do capital iraniano", acrescentou.
Miguel Frasquilho referiu que "uma das prioridades da agência é a captação de investimento, a nível global, e agora com as sanções levantadas ao Irão pode haver um interesse acrescido dos investidores iranianos em olhar para o nosso país". Os sectores que mais poderão beneficiar com o fim das sanções ao Irão são o agroalimentar, que já tem "registado uma evolução muito positiva nos mercados da região", e o da construção civil. "Outro sector onde, claramente, vamos apostar é o das tecnologias de informação e comunicação, onde Portugal dá cartas, e ainda mais agora, com a realização do Web Summit em Lisboa", acrescentou.
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