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Comissão Europeia vai financiar projeto português de fabrico de baterias de lítio

Os projetos selecionados abrangem 18 países e focam-se nas indústrias com utilização intensiva de energia, energias renováveis e armazenamento, mobilidade e edifícios com emissões líquidas nulas, fabrico de tecnologias limpas e gestão industrial do carbono.

Um projeto português de construção de uma fábrica de baterias de lítio está entre os 61 selecionados pela Comissão Europeia para financiamento no âmbito da redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), foi hoje divulgado.

Projeto português de fabrico de baterias de lítio recebe financiamento da Comissão Europeia
Projeto português de fabrico de baterias de lítio recebe financiamento da Comissão Europeia FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images

No total, o executivo comunitário prevê esta segunda-feira um financiamento de 2,9 mil milhões de euros para os 61 projetos de tecnologia de ponta de impacto zero.

Em Portugal, foi escolhido o projeto NEXTGEN CAM, dedicado à produção de material ativo de cátodo LNMO (óxido de lítio-níquel-manganês), utilizado nos cátodos das baterias recarregáveis de iões de lítio, fundamentais para veículos elétricos e armazenamento de energia.

Segundo informação da Comissão, o NEXTGEN CAM será uma unidade industrial pioneira neste tipo de produção, contribuindo para a cadeia de valor europeia das baterias e para a transição energética.

O financiamento provém do Fundo de Inovação, utilizando as receitas do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da UE (CELE).

Estas subvenções surgem na sequência de um primeiro convite à apresentação de propostas para tecnologias de impacto zero, lançado em dezembro de 2024, com o objetivo de reforçar a liderança tecnológica da Europa e acelerar a implantação de soluções inovadoras de descarbonização.

Os projetos selecionados abrangem 19 setores industriais em 18 países e a tónica é colocada nas indústrias com utilização intensiva de energia, nas energias renováveis e no armazenamento de energia, na mobilidade e nos edifícios com emissões líquidas nulas, no fabrico de tecnologias limpas e na gestão industrial do carbono.

Bruxelas sustenta que os 61 projetos têm potencial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, diminuindo cerca de 221 milhões de toneladas de equivalente CO2 durante a sua primeira década de funcionamento, um valor comparável às emissões anuais de 9,9 milhões de automóveis europeus.

Esta redução apoiará diretamente o objetivo da UE de alcançar a neutralidade climática até 2050 e o valor do financiamento de cada projeto selecionado será definido no primeiro semestre de 2026.

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