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Renault lança auditoria sobre remunerações de Carlos Ghosn

25 de novembro de 2018 às 19:57
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Presidente executivo foi acusado no Japão de dissimular rendimentos e de malversação no construtor automóvel nipónico Nissan.

A Renault lançou uma auditoria interna sobre as remunerações do presidente executivo, Carlos Ghosn, acusado no Japão de dissimular rendimentos e de malversação no construtor automóvel nipónico Nissan, indicou este domingo o ministro da Economia francês.

"A nova liderança da Renault lançou uma auditoria (...) sobre as questões de remuneração e as questões de abuso de bem social para verificar se há alguma coisa que possamos encontrar" no grupo automóvel francês, disse Bruno Le Maire na BFM TV.

A auditoria foi lançada com o "total acordo do Governo", acrescentou Le Maire, em alusão ao facto de o Estado francês controlar cerca de 15% da Renault.

O ministro da Economia e Finanças disse ainda que nem o Governo nem a Renault obtiveram informações oficiais sobre as acusações feitas no Japão ao gestor que arquitectou a aliança Renault-Nissan.

"Não temos informações" sobre as acusações, indicou Le Maire pedindo ao Japão ou à Nissan para enviarem "rapidamente" essas informações.

Foi iniciada uma nova gestão na Renault para suprir a detenção de Ghosn, mas este continua a ser o presidente executivo da Renault.

"Enquanto não houver acusações concretas", Ghosn não será demitido, repetiu Le Maire.

Segundo o ministro, na presidência da aliança Renault-Nissan permanecerá um francês, apesar desta crise.

Ghosn foi detido na segunda-feira passada no Japão, tendo sido detido também o seu principal colaborador, o norte-americano Greg Kelly.

Segundo as informações divulgadas hoje pelo canal público NHK, Carlos Ghosn nega as acusações que lhe são imputadas de ocultar rendimentos e de má gestão do dinheiro da empresa.

O gestor é suspeito de ter ocultado às autoridades financeiras japonesas rendimentos como presidente do Conselho de Administração da Nissan durante vários anos, a partir de 2011, num total de mais de 62 milhões de euros, indicaram dois jornais japoneses.

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