Segundo a empresa, os resultados líquidos no terceiro trimestre permitiram "reverter totalmente as perdas registadas no primeiro semestre".
A TAP obteve 125,9 milhões de euros de lucro no terceiro trimestre, beneficiando da redução dos encargos com juros e dos ganhos cambiais, o que traduz uma subida de 6,9% face aos meses de verão do ano passado, informou esta quarta-feira a companhia aérea. Nos primeiros nove meses do ano a empresa regista 55,2 milhões de euros de lucro, uma quebra homóloga de 53,3%.
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Ainda assim, a TAP destaca no comunicado que os resultados líquidos no terceiro trimestre permitiram "reverter totalmente as perdas registadas no primeiro semestre".
As receitas operacionais desde o início do ano ascendem a 3.281,3 milhões de euros, ligeiramente acima (+0,5%) dos 3.252,6 milhões de um ano antes, com a empresa a destacar o crescimento de 64% no terceiro trimestre das receitas de manutenção.
A companhia aérea nacional apresentou um Load Factor (taxa de ocupação) de 87,9% nos meses de verão, uma melhoria de 1,7 pontos percentuais face ao terceiro trimestre de 2024.
Nos primeiros nove meses do ano foram transportados pela TAP 12,7 milhões de passageiros, o que traduz um crescimento de 2,9%, enquanto o número de voos operados subiu uns ligeiros 0,7%. A empresa assinala que os custos operacionais recorrentes aumentaram 4,3%, para os 3.054 milhões de euros.
Já o EBITDA recorrente caiu 11% em termos homólogos, cifrando-se em 592 milhões de euros.
A companhia sublinha que "a TAP teve um dos verões mais movimentados, com aumento da capacidade (+4%), mais passageiros transportados (+4%) e mais voos operados (+1%) face ao verão de 2024". Contudo, ressalva, "foi também um dos mais desafiantes, com várias disrupções operacionais, nomeadamente constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais e no espaço aéreo europeu, impactando a performance operacional e a satisfação dos clientes".
A empresa destaca também a "posição de liquidez robusta de 1.025,6 milhões de euros, um aumento de 373,9 milhões face a 31 de dezembro de 2024", enquanto o rácio dívida financeira líquida / EBITDA estabilizou em 2,5 vezes".
“A TAP apresentou uma performance sólida no terceiro trimestre, com um aumento de receitas, impulsionadas por um contributo relevante da Manutenção, resultados operacionais sólidos e um resultado líquido positivo que compensou integralmente as perdas do primeiro semestre, dando assim continuidade ao desempenho do segundo trimestre”, considera Luís Rodrigues, CEO da TAP, citado no comunicado.
“Este foi um dos verões mais movimentados dos últimos anos, com maior capacidade, mais passageiros transportados e voos operados”, acrescenta, assinalando que “foi também um dos mais desafiantes, marcado por pressões concorrenciais persistentes e disrupções operacionais, desde greves, principalmente no handling, e constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais até restrições no espaço aéreo europeu e eventos meteorológicos adversos, que continuam a afetar a nossa operação, exigindo uma forte coordenação e resiliência das nossas equipas para mitigar impactos.”
Sobre a privatização de 45% do capital da empresa, cujas propostas terão de ser apresentadas até 22 de novembro, Luís Rodrigues indica que "como este processo deverá prolongar-se por vários trimestres, o nosso foco estratégico mantém-se inalterado: transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, consolidando a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira, através do nosso compromisso e trabalho diário, com o apoio dos nossos stakeholders e a dedicação das nossas pessoas.”
Por último a TAP avança com as perspetivas para o quarto trimestre, sublinhando que "as reservas mantêm-se robustas, ligeiramente acima do ano anterior, num contexto de aumento da capacidade e de uma clara tendência para janelas de reserva mais curtas. A pressão concorrencial nos principais mercados deverá manter-se, continuando a condicionar a evolução das receitas unitárias".
Em termos de frota, a companhia aérea avança que está prevista a entrega de um avião Airbus NEO até ao final do ano, isto "apesar dos atrasos na entrega de aeronaves e em toda a cadeia de abastecimento".
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