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Os animais são um (grande) negócio

Susana Lúcio
Susana Lúcio 18 de novembro de 2025 às 23:00

A faturação das clínicas aumentou 46% em dois anos – os donos procuram mais e melhores tratamentos e há grupos económicos que dominam o mercado.

Ben, um Yorkshire de sete anos, foi sempre saudável. “Íamos às consultas regulares das vacinas, tinha apenas dermatite atópica”, conta a dona, Ana Felicíssimo. Até que no verão de 2021 a saúde do cão se deteriorou rapidamente. “Depois das refeições ficava com distensão abdominal e vomitava”, recorda Ana. “Mas continuava a comer e a ladrar aos outros cães.” Durante alguns dias, a situação foi avaliada à distância pelo veterinário, devido à Covid-19. Durante uma sexta-feira, num passeio à rua, Ben piorou: teve o que pareceu um ataque epilético. A dona levou-o de imediato ao veterinário e os resultados das análises indicaram alterações no fígado. Seguiu-se uma ecografia abdominal e o resultado assustou. “Encontraram uma massa e, pela rapidez do crescimento, poderia tratar-se de um tumor maligno”, recorda emocionada.

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