Parlamento envia audição de Moniz da Maia para o Ministério Público
Fernando Negrão, que preside à comissão de inquérito ao Novo Banco, indica que audições de Bernardo Moniz da Maia e João Barão serão enviadas à Justiça. João Gama Leão poderá merecer tratamento igual.
O Parlamento vai enviar as audições a Bernardo Moniz da Maia e a João Barão para o Ministério Público, indicou hoje Fernando Negrão, o deputado que preside à comissão de inquérito às perdas do Novo Banco. A audição a João Gama Leão, na mesma comissão de inquérito, pode vir também a ser enviada.
Bernardo Moniz da Maia é o presidente da holding Sogema, que deixou um calote de 532 milhões de euros ao Novo Banco. Moniz da Maia protagonizou umaaudição caricata, ao longo da qual invocou várias vezes falta de memória ou de conhecimento sobre aspectos elementares dos negócios da Sogema e a relação com o BES e o Novo Banco.
João Barão, ouvido no mesmo dia, é o criador de sociedades que foram usadas como veículos para a venda de uma carteira de imóveis pelo Novo Banco a um fundo internacional de capital privado - na audição disse várias vezes não ter conhecimento sobre aspectos elementares do negócio que envolveu as suas sociedades.
Após o anúncio por Fernando Negrão, o deputado do PSD Hugo Carneiro pediu que também a audição de João Gama Leão, feita na semana passada, seja enviada para o Ministério Público. Gama Leão - cujo grupo de cosntrução Prébuild deixou um calote que ronda330 milhõesde euros ao Novo Banco - afirmou na comissão parlamentar não ser titular de qualquer sociedade em paraísos fiscais.
Carneiro explicou que o PSD obteve registos de sociedades em Malta que provam o contrário. Fernando Negrão explicou estar à espera do envio de documentos por parte de Gama Leão, mas deixou em aberto a possibilidade de enviar a audição para o Ministério Público.
O anúncio foi feito na abertura da audição a Luís Filipe Vieira, cujo universo empresarial é também um dos maiores devedores ao Novo Banco.
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