Como será a relação com as claques neste novo contexto? 

ANDRÉ VILLAS-BOAS - As claques têm um papel fundamental no FC Porto, pelo seu apoio e os seus cânticos fervorosos, no sentido de apoiar a equipa, a equipa de futebol e as equipas das modalidades. O que nós procedemos foi, recentemente, à rescisão dos protocolos estabelecidos, em linha com o que tínhamos falado na campanha eleitoral desta candidatura, para redesenhar os novos protocolos com os grupos organizados de adeptos. Esta é a nossa intenção. Estamos neste momento a redesenhar o que seria um formato de um novo protocolo e como é que o FC Porto possa apoiar as claques. Um desejo meu particular no futuro, que espero torná-lo realidade, é que todos os protocolos de cooperação, bem como as medidas implementadas no mesmo protocolo, sejam votadas em sede da Assembleia Geral. Dessa forma, por parte dos sócios, é sempre votada a quantidade de apoio que é dado aos grupos organizados de adeptos. Portanto, este é um desejo nosso desta direção e esperamos implementá-lo em breve. Penso que não será já nesta época desportiva, porque nesta época desportiva teremos que obter um protocolo direto entre clube e grupo organizado de adeptos, mas que a partir de 2025/26, aconteça desta forma, votada em sede da Assembleia Geral pelos sócios do FC Porto, que no fundo, são o órgão máximo do clube.

E nesse protocolo que está a ser desenhado, o que é que à partida riscou, no sentido de que isto nunca mais vai voltar a acontecer? E o que é que faz questão que passe a acontecer? O que é que beneficiava o clube relativamente a algumas situações externas que estavam a acontecer? 

AVB - Não é muito de riscar, o único problema que tínhamos ali é que o protocolo era reduzido nos seus termos e artigos e não beneficiava o clube em determinados aspetos que estavam a acontecer. Nós queremos que este protocolo seja muito mais específico. Para que ele seja muito mais específico, evidentemente, precisamos de muita mais informação também por parte da Associação Super Dragões relativamente aos seus associados. E é por isso que nestas últimas semanas temos estado em contato com as pessoas mais próximas da Associação Super Dragões, no sentido de perceber como é que vamos caminhar no futuro e que protocolos de cooperação, e o que é que vão indicar esses protocolos de cooperação no futuro.

Em termos de bilhetes e merchandising, que está muito entregue, até aqui, aos Super Dragões, vai manter-se ainda? E em que termos diferentes? 

AVB - São tudo novos artigos que serão relançados no protocolo, sem dúvida.

Também consegue dar uma palavra aos sócios e adeptos, ou pelo menos uma esperança de que, apesar da situação efetivamente difícil que todos conhecemos, em que o FC Porto está mergulhado, mas do qual o André já garantiu que vai sair rapidamente, capaz de dar essa esperança de que os títulos estão já aí, vão chegar rapidamente? 

AVB - Os títulos não tenho dúvidas, porque é uma obrigação. Eu não estou aqui para perder, estou aqui para ganhar, sou sócio do FC Porto antes de ser seu presidente, de certa forma na linha dos estatutos eu sou o meu órgão máximo enquanto sócio, digamos assim, e essa exigência está presente em cada momento e em cada decisão que tomo. Portanto, nisso os sócios podem estar tranquilos que defenderei até à morte os interesses do FC Porto, tenho uma fé inabalável na construção de um futuro vencedor e na construção de um futuro sustentável do FC Porto. Esta fase inicial é uma fase mais sensível do ponto de vista da construção dos dossiês, como é que nos vamos colocar no mercado, como é que nos relacionamos com os diferentes stakeholders, como é que criamos o melhor produto, como é que crescemos internacionalmente, comercialmente. Portanto, tudo isto são dossiês que nos abraçam rapidamente, mas estou bastante confiante relativamente ao futuro, muito confiante.

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