O antigo presidente do Sporting considerou que o atual líder dos "leões", Frederico Varandas, não conseguiu unir os sportinguistas e que o clube teve apenas "mais atenção" com a segurança depois do ataque.
O antigo presidente do Sporting Sousa Cintra foi ouvido esta sexta-feira em tribunal, afirmando que a segurança na academia não foi reforçada depois da invasão de um grupo de adeptos, a 15 de maio de 2018. Sousa Cintra considerou ainda que o atual líder dos "leões", Frederico Varandas, não conseguiu unir os sportinguistas e defendeu a necessidade de diálogo interno no clube.
"O doutor Varandas chegou e quis alterar as coisas. Na campanha, disse que queria unir os sportinguistas e não foi isso que fez. Mas como ia fazer isso daquela forma? Manda o treinador embora, o Peseiro tinha estado no Sporting um ano e pouco, levando o clube à final da Europa [Taça UEFA em 2004/05] e perdeu o campeonato desse ano no último jogo com o Benfica", disse.
Sousa Cintra, que presidiu ao clube entre 1989 e 1995 e ocupou a presidência da SAD durante dois meses, por nomeação, após a saída de Bruno de Carvalho, falava à entrada do tribunal de Monsanto, onde foi ouvido como testemunha abonatória no processo da invasão à academia do clube, em maio de 2018.
O antigo presidente lamentou que depois da tomada de posse de Frederico Varandas como presidente, em setembro de 2018, o trabalho de comissão de gestão não tenha continuado.
Segurança não foi reforçada depois do ataque
"Não houve nada do outro mundo [em termos de segurança]. Tivemos apenas mais atenção", disse Sousa Cintra, durante a 30.ª sessão do julgamento da invasão à academia.
Sousa Cintra, que presidiu ao clube entre 1989 e 1995 e ocupou a presidência da SAD durante dois meses, por nomeação, após a saída de Bruno de Carvalho, explicou que, depois da invasão, reuniu com as claques e disse nunca ter tido qualquer problema com os grupos organizados de adeptos.
"Quando assumi a presidência da SAD falei com as claques, tivemos uma reunião com eles e dissemos: 'Precisamos da vossa ajuda para que tudo corra bem'. Nunca tive nenhum problema com as claques, nem eu, nem o Torres Pereira [presidente da comissão de gestão]", disse.
Sousa Cintra referiu que quando foi presidente do clube, na década de 90, sempre teve uma boa relação com as claques e enalteceu o seu papel no apoio à equipa.
"Sempre tive uma boa relação com as claques, nos anos todos que servi o Sporting. Eu entendia que as claques eram indispensáveis para os clubes, davam uma alegria constante ao jogo", sublinhou.
À entrada para o tribunal, Sousa Cintra assumiu "não conhecer" o arguido Guilherme Gata de Sousa, que o arrolou como testemunha de defesa.
Na sala de audiência, Sousa Cintra classificou a invasão à academia como "a tempestade que se passou em Alcochete" e referiu que a "liberdade [das claques] tem que estar sempre acompanhada da responsabilidade".
O julgamento, que prossegue à tarde com a audição de testemunhas abonatórias, envolve 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, 'Mustafá', líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados de autoria moral de todos os crimes.
Sousa Cintra: "Nunca tive nenhum problema com as claques"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A desinformação não é apenas um fenómeno “externo”: a nossa própria memória também é vulnerável, sujeita a distorções, esquecimentos, invenções de detalhes e reconstruções do passado.
Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.
Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.