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O Rio de Janeiro assemelha-se a um estaleiro gigante. Os trabalhos continuam 24 horas por dia
É um Rio de Janeiro em modo estaleiro gigante que se prepara para acolher os Jogos Olímpicos, com as obras a decorrerem contra o relógio na esperança de que tudo esteja pronto a tempo da Cerimónia de Abertura.
As obras olímpicas foram mesmo a grande dor de cabeça do Comité Olímpico Internacional (COI), que teve de respirar fundo perante as sucessivas paralisações, embargos, falências e até fugas ao plano inicial -- como a eliminação de uma bancada flutuante na Lagoa Rodrigo de Freitas ou a inexplicável suspensão dos trabalhos de limpeza na Baía de Guanabara, campo de regata das provas da vela, justificadas pela necessidade de reduzir custos.
Para estes Jogos Olímpicos, nada ficou pronto a tempo e horas, com alguns dos eventos-teste a serem mesmo cancelados. A 100 dias do arranque, o caos estava instalado no Rio de Janeiro, com a Linha 4 do metro, construída propositadamente para a competição, longe de estar acabada, o Velódromo em stand by, as pistas de atletismo sem superfície e o complexo de ténis a mudar de cor.
Pressionado pelo COI, o Comité Organizador reforçou o contingente de mão-de-obra, com as obras a decorrerem 24 horas por dia para resolver as situações mais preocupantes, como a da faixa olímpica do BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês), o corredor nevrálgico que vai ligar o Estádio de Deodoro à Barra da Tijuca, e a do Velódromo, que deveria ter ficado concluído em 2015 e foi o último dos recintos a ser entregue, a 40 dias da cerimónia de abertura.
Adjudicado a uma construtora falida, que depois de escudar-se nos problemas logísticos no transporte de madeira desde a Sibéria até ao Brasil, foi substituída à última hora, o palco das provas do ciclismo de pista é mesmo o caso mais paradigmático, mas não único de uma empreitada que ficará na história pelos piores motivos.
Só nos dois primeiros meses de 2016, os governos regional e federal foram obrigados a intervir em seis projetos devido aos atrasos e dificuldades financeiras de companhias contratadas para as obras, com a prefeitura do Rio de Janeiro a afastar a companhia responsável pela faixa BRT e a rescindir dois contratos: o da construção do Centro Olímpico de Ténis, que também teve direito a uma inusitada mudança da cor doscourtsquando comprovado que a original não ficava bem nas emissões televisivas, e o da reforma do Centro Olímpico de Hipismo.
Com a cidade submersa numa gigantesca e permanente obra -- a seis dias do início do Rio2016, há estaleiros, andaimes e trabalhadores por todo o lado, mesmo em recintos dados como concluídos -, há ainda dois grandes problemas a resolver: a conclusão da Arena de Copacabana e a habitabilidade da Aldeia Olímpica.
Os trabalhos na arena do vólei de praia, que acolherá os torneios olímpicos a partir de 6 de Agosto, estão numa complicada luta contra o cronómetro, depois de esta ter sido "dizimada" pelo mar, numa altura em que a obra se encontrava embargada pelo facto de a empresa responsável pela montagem não ter as licenças ambientais exigidas.
Apesar de os 12 mil assentos já terem sido colocados, a estrutura ainda carece de acabamentos, como a marcação das linhas no campo, a instalação de grades nas bancadas e o assentamento de pisos.
Já na Aldeia Olímpica, os trabalhadores continuam a resolver os problemas - falta de limpeza, falhas no sistema de gás e na distribuição de água, entre outros - encontrados pelas primeiras delegações, que, no domingo, ocuparam os edifícios destinados às comitivas nacionais.
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