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Chegou ao fim a era Berlusconi no AC Milan

Este é o maior investimento de sempre com capital chinês num clube europeu. AC Milan estava há cinco anos envolvido numa grave crise financeira

Um consórcio chinês confirmou a compra do AC Milan, por 740 milhões de euros, à Finivest, empresa do antigo primeiro-ministro de Itália Silvio Berlusconi, que detém 99,93 por cento do clube italiano. O negócio, o maior investimento de sempre com capital chinês num clube europeu, surge depois de o grupo chinês Suning ter pago 270 milhões de euros por 70% do Inter de Milão, outro gigante italiano.

Num comunicado conjunto, a Finivest confirma que vendeu a totalidade da sua participação de 99,93% no clube à Rossoneri Sport Investment Lux, empresa com sede no Luxemburgo e controlada pelo empresário chinês Li Yonghong.

Os 740 milhões que serão pagos a Berlusconi incluem os 220 milhões de euros de dívida do clube "rossonero". Os novos donos do clube comprometeram-se a recapitalizar o clube, segundo anunciaram em comunicado.

Este é um momento decisivo na história recente do AC Milan, há cinco anos envolvido numa grave crise financeira e desportiva, sendo que agora poderá voltar ao mercado com outra ambição.

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Trata-se igualmente do fim de ciclo de Silvio Berlusconi, que adquiriu o clube em 1986, sendo que nestes trinta anos de presidência conquistou 28 troféus, incluindo cinco das sete vitórias na Liga dos Campeões.

Veja aqui o vídeo de agradecimento a Berlusconi, publicado na página oficial do clube italiano:

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O negócio esteve para ser fechado em Agosto passado, mas foi adiado por várias vezes, face às restrições impostas pelo Governo chinês na aquisição de activos estrangeiros não-estratégicos, ou em gastos "supérfluos", especialmente na indústria do futebol.

O clube reportou perdas de 93,5 milhões de euros, em 2015, e, apesar de não ter ainda apresentado o relatório de contas, as perdas no ano passado deverão ascender a mais de 70 milhões.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.