"Pensávamos que íamos morrer": moradora relata momento em que aeronave destruiu habitação.
Um avião privado despistou-se, esta quarta-feira, contra várias casas, na Argentina, e fez pelo menos dois mortos. Segundo a imprensa local, o acidente terá ocorrido quando a aeronave estava a aterrar.
Imagens partilhadas mostram o avião e a casa em chamas, junto ao aeroporto de San Fernando, nos arredores de Buenos Aires. A aeronave, um Bombardier modelo Challenger 300 LV-GOK, pertencia à família de Jorge Brito, presidente do clube de futebol River Plate. A família Brito é dona do banco Macro, um dos maiores bancos da Argentina.
O avião saiu na manhã desta quarta-feira rumo a Punta del Este, no Uruguai, e o acidente ocorreu quando regressava a Buenos Aires, pelas 13h19 locais (16h19 em Lisboa).
Tripulantes morreram
Segundo o jornal Clarín, na aeronave estava o piloto e o copiloto, Martín Fernández Loza, de 44 anos, e Agustín Orforte, de 35, respetivamente. Os dois tripulantes foram as únicas vítimas mortais.
As causas do acidente estão a ser alvo de uma investigação, mas o jornal argentino adianta que o piloto tentou voltar a levantar voo por estar a ter dificuldades em aterrar e para evitar o colapso com as casas.
Grávida relata pânico
"Pensávamos que íamos morrer", disse Melany, dona de uma das casas afetadas pelo acidente, citada pelo Clarín. A mulher, que está grávida, explicou que estava com dois irmãos e a avó na habitação no momento do desastre.
"Foi um desespero. O que custa é que perdi as coisas da minha filha. Se o meu irmão não destruísse a parede, nós não saíamos", relatou.
Família Brito perseguida por acidentes de viação
Apesar de não estar envolvida no acidente, uma vez que só seguiam na aeronave os tripulantes, esta não é a primeira vez que a família Brito, dona do banco Macro, se vê assombrada por uma tragédia aérea.
Em novembro de 2020, Jorge Horacio Brito, antigo CEO do banco, morreu num acidente de helicóptero. Deixou seis filhos, entre eles Jorge Pablo Brito. O também presidente do River Plate assumiu a liderança do banco três anos depois da morte do seu pai.
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