Um estudo realizado na Hungria analisou os efeitos da aquisição e perda de animais de companhia, através de dados recolhidos durante a pandemia. Os resultados não registaram alterações significativas no bem-estar dos participantes a longo-prazo..
Um novo estudo revela impacto pouco duradouro da convivência com animais de estimação no bem-estar humano. Os investigadores da Universidade ELTE Eötvös Loránd, na Hungria, examinaram a forma como a adoção e a perda de animais de estimação foram vividas durante a pandemia do covid-19, que obrigou a períodos longos de confinamento.
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Os resultados publicados na revista científica Scientific Reports revelam que a aquisição de um animal de estimação aumentou inicialmente a alegria dos inquiridos, "mas este efeito foi de curta duração, durando apenas 1 a 4 meses". Por outro lado, em períodos mais longos (até 6 meses), a aquisição de animais de estimação "esteve associada a declínios na calma, atividade, alegria e satisfação com a vida".
"Com base nos dados, a maior parte das pessoas que vivem com um animal de companhia não parece sentir qualquer "efeito de animal de estimação" a longo prazo, nem criar laços fortes com o seu animal", referiu Eniko Kubinyi, chefe do grupo de investigação sobre animais de companhia "Momentum" do MTA-ELTE, citado pelo site Science Daily.
A investigação também registou diferenças no impacto da posse de um animal de estimação no bem-estar dos donos consoante a espécie em questão. Os donos de cães, por exemplo, tendem a relatar maior bem-estar do que os donos de gatos, mas as exigências dos cuidados com os animais de estimação, em especial com os cães, podem ultrapassar os benefícios iniciais.
Além disso, a perda de um animal não mostrou efeitos nos parâmetros de bem-estar analisados, o que se pode dever ao facto da amostra representar um envolvimento médio com animais de estimação - "36% dos participantes que perderam um cão referiram que o animal não era importante para eles." Neste estudo, os participantes não eram necessariamente os principais cuidadores dos animais.
"Parece que, pelo menos durante períodos de stress, a pessoa comum, que pode não ser o principal cuidador mas simplesmente partilha a casa com o animal de estimação, não é significativamente afetada pela perda do animal, nem o seu bem-estar é um forte fator de previsão da decisão de adquirir um animal de estimação", referiu o etólogo Ádám Miklósi, que participou no estudo, citado pelo site Science Daily.
"Os abrigos e as empresas de alimentos para animais de estimação promovem a adoção como forma de aliviar a solidão. No entanto, a nossa investigação sugere que os cães não constituem uma verdadeira solução para a solidão; pelo contrário, tornam os novos donos mais ansiosos", frisou a cientista e co-autora do estudo Judit Mokos.
Em 2020, com meses de intervalo, os 2783 inquiridos participaram três vezes na recolha de dados, sendo que 65 adquiriram um animal de estimação e 75 perderam-no durante a pandemia.
Viver com um animal traz felicidade? Estudo diz que efeito é pouco duradouro
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