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A conclusão deriva de um estudo conduzido pela União das Misericórdias Portuguesas, realizado durante dois anos
Nove em cada dez idosos em lares têm alterações cognitivas que sugerem demência, sendo que dentro deste grupo, 78% tem efectivamente demência, revelou um estudo realizado pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
O estudo, integrado no projecto VIDAS - Valorização e Inovação em Demências, depois de uma investigação que demorou cerca de dois anos, envolveu 1.503 idosos de 23 instituições, avaliados por psicólogos e neurologistas para detectarem a existência de demências e o seu grau.
No final, foi possível ficar a saber que 90% dos idosos nos lares tem alterações cognitivas que sugerem demência, sendo que dentro deste grupo, 78% tem efectivamente um quadro de demência.
Constatou-se ainda que apenas três por cento dos idosos nos lares não tem alterações cognitivas e 8% tem alterações cognitivas, mas sem demência.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do estudo explicou que, numa primeira fase, foi pedido aos directores técnicos e aos responsáveis das unidades para identificarem os idosos com e sem alteração cognitiva e aqueles com e sem demência.
Segundo Manuel Caldas de Almeida, havia entre 25% a 30% de idosos com demência, 5% de idosos sem alterações cognitivas e 6% com alterações cognitivas sem demência.
Os dados mostram também que 70% dos idosos naqueles lares não estavam detectados como tendo defeitos cognitivos.
Estes números alteraram-se significativamente na segunda fase do estudo, em que seis psicólogos avaliaram os 1.503 idosos e cujo diagnóstico foi posteriormente comprovado por duas neurologistas, tendo então revelado que a maioria dos idosos nos lares tem demência.
Entre os idosos avaliados, em 48% os sintomas iniciais da doença manifestaram-se na memória, mas em 55% afectou outros domínios cognitivos e em 33% alterou o comportamento.
Se na maioria (80%) a forma de início da demência foi progressiva, em 20% manifestou-se de forma aguda. Já a evolução da doença aconteceu em 67% dos casos de forma progressiva e apenas em 2% havia tendência a melhorar.
"Existe um número muito importante de pessoas com demências nos lares, e um número importante de pessoas com demência em que essa demência não é reconhecida", apontou Caldas de Almeida.
O psiquiatra admitiu que o número final ultrapassou as expectativas iniciais e defendeu, por isso, que é preciso transformar os lares, já que estas instituições não estão a prestar um bom serviço em matéria de demências.
"Não [estão a prestar um bom serviço] porque não estão preparados para ter pessoas com demência", apontou.
A demência é uma doença que "não é provocada por uma pessoa estar em casa ou num lar", explicou Caldas de Almeida, salientando que uma tão elevada percentagem de pessoas com demência nos lares tem a ver com o envelhecimento da população e com o facto de serem as pessoas mais frágeis e mais dependentes que são referenciadas.
"Obviamente, os lares têm uma percentagem muito maior de pessoas com demência do que a sociedade em geral", acrescentou.
No estudo da UMP participaram 1.503 pessoas, com idades entre os 46 e os 105 anos, a maioria (709) dentro dos 80 aos 89 anos, 30% do sexo masculino e 70% do sexo feminino.
Um total de 94% tem a escolaridade primária, 83% foram operários, trabalharam no sector primário ou eram trabalhadores não qualificados. Em matéria de estado civil, 57% é viúvo e 21% é solteiro.
Antes da institucionalização, 30% dos idosos tinham estado num centro de dia e 30% tiveram apoio domiciliário.
O motivo da institucionalização num lar teve a ver, em 42% dos casos, com uma dependência e em 30% com o isolamento ou solidão. 35% dos idosos tinha uma doença neurológica prévia, sendo que 65% destes ficaram com sequelas.
Quase 80% dos idosos que vivem em lares sofrem de demência
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