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Primeiro beijo pode ter sido dado há mais de 400 milhões de anos, dizem cientistas

Primeiro beijo pode ter sido dado por neandertais.

Um grupo de cientistas conseguiu reconstruir as origens do beijo, que é observado em todo o reino animal, e descobriu que o beijo na boca poderá ter surgido durante a época dos neandertais, que existiram há mais de 400 mil anos. Além disso, um estudo, agora publicado na revista , revelou que o beijo evoluiu la primeira vez há 21 milhões de anos.

Cientistas revelam: beijo surgiu há milhões de anos no reino animal
Cientistas revelam: beijo surgiu há milhões de anos no reino animal AP Photo/WCS, Julie Larsen Maher

"Descobrimos que o beijo ocorre na maioria dos grandes símios [primatas] existentes e provavelmente também ocorreu nos neandertais, evoluindo pela primeira vez no ancestral desse grupo há cerca de 21,5 a 16,9 milhões de anos", diz o artigo científico.

Ao encontrarem evidências de outros animais a beijarem-se, como lobos, ursos polares e até albatrozes, os cientistas decidiram construir uma "árvore genealógica evolutiva", para determinar quando é que esse comportamento surgiu. No entanto, para garantir que estavam a comparar exatamente o mesmo comportamento em diferentes espécies, os investigadores tiveram de definir o conceito da palavra "beijo". No estudo, os cientistas definiram "beijo" como um "contacto oral-oral" não agressivo e "direcionado", "com algum movimento dos lábios ou partes da boca e sem transferência de alimentos".

Para chegarem a esta conclusão os investigadores recorreram a um estudo antigo, onde foi analisado o ADN neandertal. Com base nessa investigação, perceberam que os neandertais partilhavam um micróbio oral - um tipo de bactéria encontrada na saliva. "Isso significa que eles devem ter trocado saliva por centenas de milhares de anos após a separação das duas espécies", explicou Matilda Birdle, a principal autora deste estudo e bióloga na Universidade de Oxford, citada pela .

Embora o estudo tenha conseguido identificar a evolução do beijo, os cientistas não conseguiram responder à questão do "porquê". Teorias apontam, contudo, que este comportamento poderá ter surgido como uma forma de higiene ou para avaliar a saúde oral do companheiro.

"Deveríamos estudar esse comportamento, e não simplesmente descartá-lo por ter conotações românticas em humanos", considerou Brindle.

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