"Tabu" que é a disfunção erétil afeta cerca de 500 mil portugueses. Doença é agravada pela ansiedade, "depressão, preocupações com o desempenho e autoestima". Redes sociais também complicam este problema.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Lisboa (FMUL) indica que o consumo compulsivo de pornografia afeta o sistema límbico (responsável pelas emoções), ao ponto de facilitar o desenvolvimento da disfunção erétil. Trata-se de um problema que, só em Portugal, afeta cerca de 500 mil homens.
Embora seja mais comum acima dos 70 anos, a tendência é mesmo que este tipo de incapacidade biológica afete cada vez mais homens abaixo dos 40 anos. O que reforça dados de outro estudo, conduzido entre 2019 e 2021 pelo ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, que dava conta que o consumo excessivo das redes sociais, maioritariamente utilizadas por jovens, também aumentava a probabilidade de se desenvolverem problemas sexuais, tanto nos homens como nas mulheres.
A ideia é que este tipo de dependência das plataformas digitais perturba as relações amorosas, num cenário em que se dá menos atenção ao respetivo parceiro, o que cria uma sensação de afastamento emocional na relação. Juntando estes fatores, torna-se agora claro que este problema é mais grave do que se pensava, especialmente considerando a facilidade que existe no acesso a conteúdos pornográficos, os quais o estudo da FMUL, intitulado "Disfunção Erétil Induzida por Pornografia", chama mesmo de "droga do novo milénio".
E são várias as causas que poderão agravar ainda mais este cenário. Além da ansiedade - um dos sintomas mais associados a este tipo de incapacidade - também a "depressão, pressões sociais ou preocupações com o desempenho e autoestima", são aspetos importantes de mencionar, elencados no comunicado de imprensa por Catarina Lucas, psicóloga clínica, sexóloga e terapeuta de casal. Além disso, diz a especialista, também a "falta de uma boa alimentação, higiene do sono e um elevado nível de agitação e cansaço acumulado", influenciam como a disfunção erétil se manifesta.
Mas existem formas de combater este problema. O ponto de partida é mesmo a "eliminação de tabus e da vergonha, algo essencial para que isto não se torne numa bola de neve, de consequências físicas e psicológicas enormes", afirma Catarina Lucas. O próximo passo será comprar um tratamento específico que mitigue esta disfunção, alguns deles de venda livre nas farmácias. Adotando esta postura a pessoa afetada também estaria a combater as estatísticas, que apontam que apenas 1 em cada 6 homens procura tratamento, e que destes, 50% chegam mesmo a desistir.
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