Todos sabemos o sentimento desconfortável que o jejum provoca mas um novo estudo, publicado no jornal científico Cell Stem Cell, aponta que pode trazer benefícios. Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos da América, encontraram provas de que um período de 24 horas sem comer pode fazer uma mudança do nosso sistema metabólico, ajudando à regeneração do nosso sistema digestivo.
A equipa de biólogos do MIT estudou o efeito do jejum em ratos e descobriu que um dia de restrição de calorias pode melhorar a habilidade de regeneração das células estaminais do intestino. "Este estudo mostra-nos que o jejum induz uma mudança no sistema metabólico nas células estaminais do intestino, desde a maneira como os hidratos de carbono são processados à eliminação da gordura", afirmou o líder do projecto, David Sabatini, professor no MIT.
À medida que envelhecemos as células do nosso intestino vão perdendo a habilidade de regeneração, o que significa que o nosso corpo fica menos disponível para combater infecções e doenças no tracto gastrointestinal. Através de amostras recolhidas, cientistas descobriram que ratos que fizeram jejum regeneraram o seu sistema digestivo em metade do tempo daqueles que ficaram sem a privação de calorias.
"Foi óbvio verificar que o jejum tem um imenso efeito na habilidade do intestino fazer a sua própria reparação", afirmou Maria Mihaylova, também uma das autoras principais da investigação. Esta investigação permite assumir que, no futuro, poderão ser desenvolvidos medicamentos que virem o ciclo metabólico e ajudem à regeneração do intestino.
Além dos efeitos de regeneração do sistema digestivo, Sabatini evidenciou também os benefícios que esta investigação poderá trazer para a criação de medicamentos no combate a doenças degenerativas como o cancro. "Talvez fazer uma abordagem farmacológica deste estudo possa marcar o caminho para uma oportunidade terapêutica de forma a melhorar o tecido homeostático em patologias relacionadas com a idade."
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