Casos de coágulos no sangue em vacinados, incluindo uma morte, levaram EUA a suspender administração da vacina até novas informações. Primeiras vacinas começaram a chegar esta semana à Europa e Portugal esperava lote de 30 mil vacinas de dose única amanhã.
A Johnson & Johnson vai atrasar a entrega de vacinas contra a covid-19 à Europa, após a descoberta de casos de formação de coágulos no sangue em vacinados que levou os EUA a interromperam a vacinação com a vacina de dose única.
Em comunicado, a Johnson & Johson indica que a sua prioridade n.º 1 é a "segurança e bem-estar" das pessoas que usam os seus produtos e que os casos são doenças "extremamente raras", justificando assim a decisão proativa de interromper a distribuição de doses na Europa, acrescentando a empresa que está a rever estes casos nos Estados Unidos com autoridades de saúde europeias.
Esta terça-feira, as autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram a interrupção da vacinação da vacina de dose única da Johson & Johnson após terem sido registados formação de coágulos sanguíneos raros, um efeito secundário semelhante ao que levou à suspensão da vacina da AstraZeneca para menores de 60 anos em Portugal.
A agência reguladora do medicamento nos EUA, Food and Drug Administration (FDA), identificou a formação de coágulos raros em seis pessoas, duas semanas após a administração da vacina de dose única. Todos os casos dizem respeito a mulheres entre os 18 e 48 anos, com uma das vítimas a ter falecido e outra a ter sido internada em estado grave.
Vacina Covid-19 - Jonhson & JohnsonReuters
Esta quarta-feira, o Centro para o Controlo e Prevenção da Doença norte-americano (CDC) irá reunir-se para rever os casos. As autoridades de saúde norte-americanas pediram também aos estados para deixarem de administrar a vacina, enquanto investigam a situação.
Até 12 de abril, os EUA já administraram mais de 6,8 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson, o que aponta para uma incidência de um caso em cada milhão de vacinas administradas.
Portugal espera a distribuição de um primeiro lote de 30 mil doses da vacina da J&J esta semana, tendo prevista a distribuição de 4,5 milhões de doses desta vacina.
Os casos de coágulos assemelham-se aos verificados em vacinados com doses da AstraZeneca, cuja administração da vacina já foi interrompida em Portugal em meados de março e suspensa a menores de 60 anos na passada semana.
Ambas usam a mesma tecnologia de vírus inativado, ou seja, a vacina contém na sua formulação uma parte do vírus inofensiva para que o corpo possa, a partir daí, construir as suas defesas e criar anticorpos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.