Em quase 7 milhões de vacinas administradas, EUA registaram seis casos de formação de coágulos sanguíneos raros. Seis vítimas são mulheres entre os 18 e 48 anos: uma morreu e outra está internada em estado grave. Portugal recebe 30 mil doses desta vacina esta semana.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram esta terça-feira a interrupção da vacinação contra a covid-19 da vacina de dose única da Johson & Johnson devido à formação de coágulos sanguíneos raros, um efeito secundário semelhante ao que levou à suspensão da vacina da AstraZeneca para menores de 60 anos em Portugal.
Segundo oNew York Times, a agência reguladora do medicamento nos EUA, Food and Drug Administration (FDA), identificou a formação de coágulos raros em seis pessoas, duas semanas após a administração da vacina de dose única. Todos os casos dizem respeito a mulheres entre os 18 e 48 anos, com uma das vítimas a ter falecido e outra a ter sido internada em estado grave.
Assim, a FDA recomendou a suspensão temporária da administração da vacina nos EUA até serem conhecidos mais dados, com o Centro para o Controlo e Prevenção da Doença norte-americano (CDC) a reunir esta quarta-feira para rever os casos. As autoridades de saúde norte-americanas pediram também aos estados para deixarem de administrar a vacina, enquanto investigam a situação. A FDA refere que estas reações adversas aparentam ser "extremamente raras".
Até 12 de abril, os EUA já administraram mais de 6,8 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson, o que aponta para uma incidência de um caso em cada milhão de vacinas administradas.
Estes primeiros casos nos Estados Unidos estavam já a ser investigados pela Agência Europeia do Medicamento, antes da vacina começar a sua distribuição na Europa esta segunda-feira.
Portugal espera a distribuição de um primeiro lote de 30 mil doses da vacina da J&J esta semana, tendo prevista a distribuição de 4,5 milhões de doses desta vacina.
Os casos de coágulos assemelham-se aos verificados em vacinados com doses da AstraZeneca, cuja administração da vacina já foi interrompida em Portugal em meados de março e suspensa a menores de 60 anos na passada semana.
Ambas usam a mesma tecnologia de vírus inativado, ou seja, a vacina contém na sua formulação uma parte do vírus inofensiva para que o corpo possa, a partir daí, construir as suas defesas e criar anticorpos.
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