Vários fotógrafos captaram as conhecidas Luzes do Norte, na Borgonha, perto de Paris. É raro surgirem tão a sul do hemisfério.
Tons vermelhos e verdes pintaram os céus noturnos da França no passado fim de semana. A aurora boreal, mais comum em países do Norte da Europa, como Suécia e Finlândia, foi detetada e amplamente fotografada na região da Borgonha, tendo sido ainda registada no Reino Unido, Holanda e Bélgica.
James Billings Photography/via REUTERS
Vários fotógrafos estavam preparados com câmaras de longa exposição apontadas para o céu, na noite de domingo. Tinham sido informados de que tinha ocorrido uma grande erupção solar na sexta, dia 24, e esperavam pelos seus efeitos na atmosfera terrestre. É que as erupções solares demoram dois dias a percorrer os 150 milhões de quilómetros que separam o sol da Terra.
"A atividade solar tem sido muito forte durante vários dias e ejeções de massa coronal [grandes erupções de gás ionizado, lançados pela coroa solar - a parte mais exterior da atmosfera do sol] têm chegado à Terra nas últimas horas, permitindo que as auroras possam ser fotografadas através de longa exposição", explicou a associação francesa Info Climat.
Un timelapse de 30min de l'aurore boréale aperçue hier soir dans le Pas-de-Calais. Le moment était magique, quelle chance nous avons eu les nordistes ! #aurore#Auroraborealispic.twitter.com/Gv53mtkvCs
As erupções solares entram na atmosfera e as partículas ionizadas que transportam, atingem o campo magnético da Terra, que atua como escudo protetor. "Estas partículas perturbam as moléculas atmosféricas, em especial o oxigénio e o nitrogénio, que originam o verde e o vermelho da aurora boreal, respetivamente", explica o astrónomo Eric Lagadec, do Observatório de Côte d’Azur.
Quando as erupções são especialmente grandes e orientadas mais para sul, podem ser vistas em França, no Reino Unido, Bélgica e Holanda. Mas é raro. A última vez que a aurora boreal foi vista tão a sul, foi em 2007 na Bélgica.
As Luzes do Norte foram registadas com câmaras fotográficas porque não eram visíveis a olho nu. Nestes países, a aurora só se torna visível de cem em cem anos.
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