Sábado – Pense por si

AstraZeneca pode ter usado dados desatualizados nos ensaios nos EUA, diz regulador

A AstraZeneca "pode ter usado informações desatualizadas neste ensaio, o que pode ter resultado numa estimativa incompleta da eficácia da vacina", disse o NIAID.

Vacina AstraZeneca
Vacina AstraZeneca Reuters

A AstraZeneca poderá ter incluído dados desatualizados nos ensaios clínicos nos Estados Unidos sobre a vacina contra a covid-19, segundo o regulador americano, que cita um grupo de especialistas independentes.

O grupo teme que "a AstraZeneca possa ter usado informações desatualizadas neste ensaio, o que pode ter resultado numa estimativa incompleta da eficácia da vacina", disse o Instituto Nacional de Doenças infecciosas e Alergias (NIAID), que supervisiona os ensaios clínicos das vacinas.

"Instamos a empresa a trabalhar com o Conselho de Monitorização de Dados e Segurança (DSMB), para avaliar a eficácia dos dados e garantir que os mais precisos, recentes e eficazes possíveis sejam divulgados o mais rápido possível", é referido na nota.

O laboratório da AstraZeneca defendeu na segunda-feira a sua vacina, alegando que esta era 80% eficaz contra a covid-19 em idosos e não aumentava o risco de coágulos, após ensaios clínicos de fase III realizados nos Estados Unidos, com 32.449 participantes.

A vacina sueco-britânica da AstraZeneca é 79% eficaz na prevenção da covid-19 sintomática na população em geral e 100% na prevenção de formas graves da doença e hospitalização, acrescentou o laboratório após os testes clínicos.

Vários países suspenderam o uso da vacina por medo de que pudesse causar coágulos sanguíneos, às vezes fatais.

Na quinta-feira passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) considerou-a "segura e eficaz", e o uso da vacina foi retomado em alguns países.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.