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"Aprendemos sobre reis na escola, mas não sabemos estar com alguém que gagueja"

Susana Lúcio
Susana Lúcio 31 de agosto de 2019 às 08:00

Norman Sartorius, um dos psiquiatras mais prestigiados no mundo, falou com a SÁBADO sobre formas de erradicar o estigma que impede o tratamento das doenças mentais

Quando chegou ao 19º Congresso Mundial de Psiquiatria, realizado em Lisboa na semana passada, todos os olhos se viraram para Norman Sartorius. Diretor da Divisão de Saúde Mental da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1977 até 1993, depois de dez anos a liderar o programa de epidemiologia e responsável pela classificação de desordens mentais, o professor croata é uma das mais importantes figuras da psiquiatria mundial. Foi por isso difícil conduzi-lo até a uma sala do Centro de Congressos de Lisboa para uma entrevista de apenas 20 minutos, dado o número de pessoas que o quiseram cumprimentar. Nascido em 1935 em Munster, na Alemanha, cresceu em Zagrebe, na Croácia, onde a mãe foi uma respeitada pediatra. Nos últimos anos, tem lutado contra o estigma e a discriminação de que são alvos as pessoas com doenças mentais.

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