Estudo descobriu que quem comia o equivalente a cerca de duas porções por semana de carne vermelha processada tinha 13% mais probabilidades de desenvolver esta doença. Cientistas sugerem a sua substituição por legumes ou frango.
Quem ingere grandes porções de carne vermelha processada, como salsichas, mortadela ou bacon, tem mais probabilidades de desenvolver demência ao longo da vida. Esta é a principal conclusão de umestudo publicado na revista Neurology.
baconHein Van Tonder / EyeEm
A investigação acompanhou 133.771 pessoas, que tinham cerca de 49 anos, durante os 43 anos seguintes. Dentro do grupo inicial, 11.173 pessoas desenvolveram demência. Além disso, quem comia mais carne vermelha processada – o equivalente a cerca de duas porções por semana (pouco menos de 100 gramas) - tinha 13% mais probabilidades de desenvolver esta doença do que aqueles que comiam menos de três porções por mês.
Embora o estudo não consiga estabelecer uma relação causa-efeito, os resultados sugerem que reduzir o consumo de carne vermelha processada e substituí-la por legumes ou frango pode reduzir os casos de demência em dezenas de milhar de pessoas. Os cientistas analisaram o impacto da substituição de uma porção diária de carne vermelha processada por outros alimentos e perceberam que quando trocada por peixe, reduzia em 28% o risco de demência. Se fosse trocada por nozes, reduzia em 19% e no caso do frango, 16%.
A mesma análise não encontrou qualquer relação significativa entre o consumo de carne vermelha não processada, como bifes de porco ou de vaca, com o risco de demência. Os cientistas descobriram que quem consumiu sete porções deste tipo de carne por semana, ou até mais, teve apenas 16% de probabilidades de desenvolver esta doença, em comparação com quem consumiu menos de três porções.
Embora os resultados não revelem danos significativos causados pela carne vermelha não processada, o principal autor do estudo, Dong Wang, aponta quais os fatores de risco da carne vermelha processada: "Tem níveis elevados de gordura saturada e, em estudos anteriores, percebeu-se que aumenta o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, ambas relacionadas com uma menor saúde cerebral."
A investigação recorda também alguns estudos anteriores que obtiveram resultados diferentes dos agora anunciados. Um dos estudos, que envolveu participantes do BioBank do Reino Unido, descobriu que o maior consumo de carne vermelha não processada parecia reduzir o risco de demência e Alzheimer, enquanto uma outra investigação, realizada na Alemanha com 2.622 pessoas, não observou qualquer associação entre o consumo de salsichas e o enfraquecimento da memória.
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