EMA: Segunda dose de vacina da AstraZeneca deve ser dada a quem tomou a primeira
Portugal tem até maio para decidir o que vai fazer, depois de ter suspendido a inoculação em pessoas com menos de 60 anos.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) frisou esta sexta-feira que os benefícios da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca superam quaisquer riscos, de acordo com as conclusões prévias às análises feitas aos coágulos sanguíneos raros para guiar os países quanto à aplicação da vacina.
Esta posição da EMA surge depois de vários países na União Europeia e não só limitarem o uso da vacina, conhecida como Vaxzevria, e de a Dinamarca deixar de a usar totalmente depois de a inoculação da AstraZeneca ter sido ligada a problemas com coágulos.
A EMA recomendou ainda que quem foi vacinado com a primeira dose da vacina da AstraZeneca deve tomar a segunda dose da mesma farmacêutica. Portugal ainda não decidiu o que vai fazer e tem até maio. Entretanto, suspendeu a vacina para menores de 60 anos.
A análise interina feita por um comité da EMA determinou que os efeitos secundários graves relacionados com estes coágulos sanguíneos raros podem ocorrer em uma entre cada 100 mil pessoas vacinadas.
Já em abril, a EMA indicou que tinha sido encontrada uma ligação possível entre a vacina da AstraZeneca e um problema com coágulos sanguineos raros, uma reação semelhante à detetada com a vacina da Johnson & Johnson.
Ainda não há dados suficientes sobre a Vaxzevria recolhidos na Europa para determinar se os riscos de coágulos de sangue com níveis baixos de plaquetas diferem com cada dose da vacina, ou que indiciem contexto sobre benefícios e riscos relativamente ao sexo de quem é vacinado.
Além da AstraZeneca, os países também querem determinar o uso ou não da vacina da Janssen. Segundo o regulador, os coágulos ocorrem com maior probabilidade no cérebro e abdómen.
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