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Repórter SÁBADO. O cancro já não é (só) para velhos

Lucília Galha
Lucília Galha 13 de agosto de 2024 às 23:00

A doença surge cada vez mais cedo e ainda não se sabe porquê. Os tumores em jovens trazem novos desafios: Joana perdeu a possibilidade de ser mãe; Vanda deparou-se com o medo de uma morte precoce; e Daniela vive com o fantasma de voltar a adoecer.

No mesmo dia em que lhe confirmou que tinha cancro, a médica gastrenterologista também lhe disse: “Eu tive de ir ver a sua ficha porque achei que você tinha 60 anos. De facto, não está na faixa etária.” Joana Ramos tinha na altura 27 e o diagnóstico que recebera era o de um cancro colorretal – vulgarmente conhecido como cancro no intestino. Percebeu logo ali que estava fora das estatísticas e o assunto idade foi sendo sempre um tema ao longo dos tratamentos. “Eu fui sempre a pessoa mais nova a fazer quimioterapia na sala, e duas vezes a mais jovem no internamento no IPO depois das cirurgias. Acho que eles não tinham, naquele momento, um paciente com colorretal tão novo quanto eu”, diz a bolseira de investigação da Universidade Católica de Lisboa, hoje com 29 anos.

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