Cientistas consideram pouco provável que haja mais de 15% das mulheres e 5% dos homens que sejam centenários, ainda este século.
A humanidade parece estar a desafiar as barreiras da longevidade. Se até meados do século XIX, um bebé tinha uma esperança média de vida de 33 anos, hoje, uma criança nascida nos países mais desenvolvidos excede confortavelmente a expectativa dos 80 anos, indica um estudo agora publicado narevista Nature. Mas apesar da longevidade ter registado sempre crescimentos acelerados até ao século XX, em parte devido aos avanços na saúde pública e na medicina, a verdade é que desde 1990 que esta taxa tem desacelerado como consequência de pandemias, pragas e contágios.
DjelicS/E+
"Prevê-se que a taxa de melhoria da esperança média de vida desacelere no século XXI. Para populações nacionais, provavelmente não excederia os 85 anos (88 para as mulheres e 82 para os homens)", lê-se na investigação.
Se antes se levantava a hipótese de virmos a viver até aos 100 anos, essa realidade está agora cada vez mais longe. Ainda este século é pouco provável que mais de 15% das mulheres e 5% dos homens sejam centenários.
Para que fosse possível alcançar esta idade seriam necessários novos medicamentos que retardassem o próprio processo de envelhecimento, ao invés de se apostar na melhoria de tratamentos para causas de mortes comuns, como é o caso do cancro, demência ou até mesmo doenças cardíacas.
"A menos que os processos de envelhecimento biológico possam ser marcadamente retardados, a extensão radical da vida humana é implausível neste século", sugere o estudo. "Mesmo assim, a sobrevivência até aos 100 anos para a maioria das pessoas não seria uma certeza."
Os cientistas acreditam que, na melhor das perspetivas, em 2039 a esperança média de vida para mulheres será de 91,6 anos e 86,1 anos para os homens.
As conclusões surgem através da análise a estatísticas vitais de oito países com as populações mais longevas (Austrália, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Suécia e Suíça), Hong Kong e os EUA. Os dados publicados na Base de Dados de Mortalidade Humana reúnem informação de 1990 até 2019.
Os cientistas descobriram que a probabilidade destas populações sobreviverem até aos 100 anos é de 5,1% para mulheres e 1,8% para os homens. Em Hong Kong é onde se espera que a esperança de vida seja maior, com 12,8% das mulheres e 4,4% dos homens a tornarem-se centenários.
Entre 1990 e 2019 os países referidos conseguiram aumentar a longevidade mais 6,5 anos. Os Estados Unidos foram dos poucos que registaram uma esperança de vida à nascença mais baixa, ao final de cada década - dados que se agravaram em 2020 devido à pandemia de Covid-19.
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