Sábado – Pense por si

"Como é que podemos fazer as pessoas perceber que ser transexual é uma característica como a cor dos olhos?"

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 17 de maio de 2021 às 14:00

Tiago Gomes, transexual, encontrou no trabalho na IKEA um porto de abrigo e um fator de estabilidade. Aalina Visram é muçulmana e homossexual, está há dois anos na IKEA: "Na entrevista disse que tinha uma namorada e senti-me tão aceite como gostaria que a minha família e a amigos tivessem reagido". Apesar de Portugal ser dos países onde a lei mais protege os direitos LGBTI, ainda há um caminho a percorrer.

"Sou homossexual mas só descobri aos 17 anos, quando me apaixonei por uma rapariga. Como nunca tinha escondido nada dos meus pais, contei e a reação não foi a melhor. Tem muito a ver com a nossa comunidade, mais fechada. Depois contei a um dos meus amigos e também não foi o que esperava, disse-me que era uma fase. Acabou por me afetar de tal forma que na faculdade não contei a ninguém." Aalina Visram, de 24 anos, recorda assim o momento em que contou à sua família muçulmana que gostava de outra mulheres. Hoje, tudo é diferente, Aalina e a mulher são aceites pela família e a jovem até encontrou a estabilidade profissional, num local que a aceitou sem reservas.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais