Sábado – Pense por si

O último dia de uma prostituta

Raquel Lito
Raquel Lito 05 de março de 2017 às 17:00

Uma semana antes da reforma já tinha a mala feita e o bilhete de avião comprado. Decidiu trabalhar até à véspera da partida – queria deixar a despensa de casa cheia, para a filha

Sobe e desce as escadas praticamente às escuras, em modo de piloto automático. É a hora da "visita", acompanhada por um tipo qualquer. Corre para o quarto degradado com uma pequena toalha turca na mão e faz o que tem a fazer. Dez minutos depois volta com 20 euros na carteira (5 são para a pensão). Fuma um cigarro na rua, olha em redor, recomeça a história outra e outra vez. Num dia bom, entre as 10h e as 20h, factura 500 euros.

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