A Comissão Europeia concluiu hoje que o nível de escolaridade atingido pelos alunos depende "em grande parte" das suas origens socioeconómicas, apesar dos sistemas de ensino nacionais estarem a tornar-se cada vez mais "inclusivos e eficazes".
A edição de 2017 do Monitor da Educação e da Formação da Comissão Europeia, publicada hoje, revelou que apesar de os Estados-Membros estarem a realizar progressos na reforma e modernização da Educação é necessário mais esforços para alcançar a equidade no ensino.
Os dados revelaram ainda que as habilitações literárias são um factor importante para o êxito em termos sociais e que as pessoas que completaram apenas o Ensino Básico têm quase três vezes mais probabilidades de viver em situação de pobreza ou de exclusão social do que as pessoas com o Ensino Superior.
Em 2016, segundo o monitor, apenas 44% dos jovens dos 18 aos 24 anos que tinham concluído o terceiro ciclo do Ensino Básico estavam empregados.
Outro dos dados revelados indica que na população entre os 15 e 64 anos a taxa de desemprego é muito mais elevada entre as pessoas que têm o Ensino Básico do que entre os que têm o Ensino Superior, 16,6% face a 5,1%, respectivamente.
O estatuto socioeconómico determina o grau de sucesso escolar, dado que 33,8% dos estudantes mais desfavorecidos tem fraco aproveitamento em comparação com 7,6% dos que tem boas condições, sustenta o estudo.
O monitor realçou que as pessoas nascidas fora da União Europeia (UE) são particularmente vulneráveis, pois estão frequentemente expostas a vários riscos e desvantagens, como o facto de os seus pais terem poucas ou fracas qualificações, de não falarem a língua local em casa, de terem acesso a um menor número de recursos culturais e de sofrerem de isolamento e de fracas redes sociais no país de imigração.
Também os jovens oriundos da imigração apresentam um maior risco de maus resultados escolares e de abandono escolar precoce, sustentou.
O comissário responsável pela Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Tibor Navracsics, citado em comunicado, referiu que as desigualdades ainda privam muitos europeus de viverem a sua vida da melhor forma possível.
"São também uma ameaça à coesão social, ao crescimento económico e à prosperidade. É demasiado frequente os nossos sistemas de ensino perpetuarem as desigualdades, é o caso quando não se adequam às pessoas dos meios socioeconómicos mais desfavorecidos e quando o estatuto social dos pais determina os resultados escolares, mantendo a pobreza e as oportunidades reduzidas no mercado de trabalho de uma geração para a seguinte", salientou.
Tibor Navracsics considerou que é necessário trabalhar mais para ultrapassar essas desigualdades, dados os sistemas de ensino terem um papel especial a desempenhar na construção de uma sociedade mais justa.
Um dos objectivos da UE para 2020 é reduzir para 15% os estudantes de 15 anos que obtêm resultados negativos em leitura, matemática e ciências.
A 17 de Novembro, em Gotemburgo, na Suécia, os dirigentes da UE irão debater a Educação e Cultura, no âmbito da iniciativa "Construir juntos o nosso futuro" e, em Janeiro, acontecerá a primeira Cimeira da Educação da UE.
Nível de escolaridade dos alunos depende das suas origens socioeconómicas
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.