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Mia Couto: "Não quero ser olhado pelo mundo só como um escritor"

Catarina Homem Marques 18 de novembro de 2017 às 08:00

Acaba de lançar O Bebedor de Horizontes, o livro que conclui a história de Gungunhana, o último Rei moçambicano. Pretexto para uma conversa sobre literatura, descolonização e Portugal

Vencedor do prémio Camões, que recebeu em 2013, e finalista do prémio Man Booker, Mia Couto terminou agora a trilogia sobre Gungunhana. Com 62 anos, o escritor tem novo romance O Bebedor de Horizontes (Caminho), o livro que lhe deu mais trabalho e que retrata a vida do rei moçambicano. O biólogo, que não permite que o incluam num "grupo" que não seja o dos moçambicanos, explica que a "descolonização é um termo que nem se usa em Moçambique, ninguém descoloniza outro. Descolonização é uma palavra muito portuguesa. Nós libertámo-nos, tornámo-nos independentes."

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