Sábado – Pense por si

Japoneses que se evaporam

Tânia Pereirinha 08 de março de 2015 às 00:00

É mais comum do que se poderia pensar: todos os anos, cerca de 100 mil habitantes do arquipélago do Pacífico partem sem deixar rasto. O número de suicídios é menor – 30 mil

Desaparecem porque sim. Porque têm dívidas que não conseguem pagar, porque ficaram sem emprego, porque os maridos as trocaram por outras, porque foram diagnosticados com doenças incuráveis ou só embaraçosas. Desaparecem porque podem. Porque é uma espécie de tradição feudal enraizada no país. Quando alguma coisa corre mal, há duas opções: o suicídio ou o exílio auto-imposto. Qualquer uma das saídas é horrível – para quem toma a decisão e para os familiares.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.