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Para o líder da Igreja Católica, a divulgação de "fake news" tem como único resultado "o risco de dilatar a arrogância e o ódio".
As falsas noticias sobre o Papa Francisco, assim como algumas fotos que circularam nas redes sociais, foram analisadas e compiladas por dois jornalistas que procuram mostrar no livro "Fake Pope", que nem tudo o que se escreveu é verdade.
São 80 as notícias falsas que Nello Scavo, repórter judiciário internacional que em 2019 ganhou o prémio Emillio Rossi pela "informação que respeita a verdade", e Roberto Beretta, jornalista e ensaísta, compilaram neste livro agora lançado em Portugal.
Ao Vatican News, Nello Scavo explicou que "a ideia nasceu depois do lançamento do livro 'Os inimigos de Francisco', obra que investiga quais são as resistências e os obstáculos que o Papa encontra".
Com este trabalho, explicou, o objetivo foi documentar e tentar desmentir muitos boatos sobre o Papa que circulam na Internet e em outros meios de comunicação tendo escolhendo noticias que lhes pareciam mais interessantes, desde o período da ditadura argentina até aos nossos dias.
Os autores fizeram uma verificação dos factos procurando um fio lógico entre as notícias "para entender que alguns boatos nascem de maneira espontânea e outros, ao invés, são frutos de uma estratégia bem precisa para desacreditar o Pontífice".
O livro tem ainda algumas fotografias que foram publicadas na internet, entre as quais uma do dia da eleição de Francisco, cuja sombra foi alterada, e uma ‘selfie’ que foi tida como a primeira tirada pelo Papa.
As ‘fake news’ têm sido um tema abordado pelo Papa Francisco chamando a atenção para a questão em maio de 2018, na sua mensagem para o 52.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Nessa mensagem, o Papa Francisco alertou para as consequências nefastas das ‘fake news’, considerando que revelam a presença de atitudes intolerantes e que a sua divulgação tem como único resultado "o risco de dilatar a arrogância e o ódio".
O Papa, uma das figuras internacionais que tem sido alvo destas notícias falsas, considera que a divulgação das chamadas ‘fake news’ pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros económicos", tendo apelado aos jornalistas que desempenhem um papel central na defesa da verdade.
"Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade", escreveu o Papa em 2018.
No entender do Papa Francisco, "nenhuma desinformação é inofensiva, antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos".
O livro que agora é lançado em Portugal debruça-se exatamente sobre estas questões, considerando os autores que num ambiente social e com uma opinião pública em que a "imagem" da pessoa também constitui o seu valor as "fake news" constituem armas poderosíssimas.
"Uma rajada de mentiras ou de semiverdades manipuladas com arte é capaz de devastar o trabalho de anos, de instilar uma desconfiança ali onde o resultado final depende dos delicados equilíbrios e da paciência a nível das relações humanas, sendo esse, muitas vezes, o caso da igreja", referem os autores no texto introdutório ao livro "Fake Pope" ao qual deram o título "Finalmente um papa humano".
Os autores do "Fake Pope", editado pela Paulinas Editora, defendem que "as 'fake news' recolocam no centro o tema da verdade, caro ao cristianismo tradicional" e que a resposta certa a este problema não é transmitir novas seguranças intangíveis, dogmáticas e rígidas, mas sim educar para uma busca e verificação continuas".
"Fake Pope": o livro que analisa 80 falsas noticias sobre o Papa Francisco
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