Sábado – Pense por si

Estas mulheres são "padres" em Portugal

Ana Catarina André 25 de dezembro de 2020 às 10:00

Quase. Ela explica a Bíblia e dá a comunhão. Parece a missa. Mas o Papa proíbe-lhe o sacerdócio. Há mais portuguesas assim. Histórias da florista, da socióloga e da divorciada a viver com o namorado.

São quase seis da tarde. Já anoiteceu em Carrapatelo, uma pequena aldeia alentejana, a 6,5 km de Reguengos de Monsaraz. É sábado e as ruas estão quase desertas – no largo principal há meia dúzia de pessoas. São quase todas mulheres e têm o passo acelerado: o sino toca o Avé de Fátima e chama-as à igreja. Lá dentro, a celebração está a começar. Atrás do altar, de alva (uma veste branca até aos pés), unhas pintadas de vermelho e cabelo preto comprido, está Maria Guerra, de 34 anos. "Estamos aqui para celebrar o terceiro Domingo do Advento [o período que antecede o Natal, segundo o calendário católico]", diz a socióloga, assim que o coro acaba de cantar "Vive na esperança, irmão". Depois, dá as boas-vindas a duas fiéis que estão ali pela primeira vez.

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