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Escravatura: Portugal e Brasil foram os piores

Maria Espírito Santo 27 de fevereiro de 2015 às 09:00

Metade do negócio mundial foi feito pelos dois países. A conclusão é da maior base de dados sobre o tema que vai ter versão portuguesa

No início eram pequenos navios com 50 pessoas. Nos séculos XVIII e XIX, as embarcações já tinham quatro ou cinco andares e viajavam com 400 e 500 pessoas a bordo. Homens, acorrentados nas laterais, e mulheres com crianças, ao centro, conviviam, apertados e com poucas condições; a desidratação, assim como a disenteria, entre outras doenças contagiosas, matavam. A viagem podia durar mais de um mês e muitos não chegavam ao destino. Também havia revoltas e confrontos a bordo. Onde e quando embarcaram e desembarcaram, qual o navio e o respectivo capitão, a viagem ao passado faz-se num clique, indo ao Trans-Atlantic Slave Trade Database (Slavevoyages.org), que este ano vai ter uma versão portuguesa. A base de dados monumental, com autores de várias nacionalidades, revela novas conclusões sobre o negócio.

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